Cuidados necessários com os pets

O fim de ano é uma época marcada por viagens, em que muitos decidem levar também os seus animaizinhos de estimação para curtir os dias de descanso. Além de ser uma experiência única, viajar com o seu pet pode demandar cuidados e planejamentos para que ele se sinta seguro e confortável. Alguns detalhes precisam ser observados, como a forma de transporte do animal, alimentação e bem-estar.

Para que as necessidades do bichinho sejam supridas durante uma viagem, os tutores precisam ficar atentos ao conteúdo da bagagem. É preciso levar uma quantidade suficiente de ração e petiscos, comedouros e bebedouros portáteis, documentos como a carteira de vacinação, brinquedos que possam estimular a sensação de conforto, remédios de uso contínuo – se for o caso – e uma caixinha de transporte.

“É importante levar a ração que ele está acostumado e evitar trocas de ração, porque pode dar diarreia e baixar a imunidade, o que é mais um fator estressante. Se pudermos evitar esses fatores, melhor”, explicou o médico veterinário e empresário do ramo pet, Samuel Silva, em entrevista ao Jornal de Brasília. “Se for dono de uma raça mais sensível, é bom levar medicação caso o animal coma alguma coisa inadequada”, pontuou.

Nas viagens de carro, é importante levar o pet dentro de uma caixa de transporte confortável ou apostar em um cinto de segurança específico para ele. Lembre-se também de oferecer água durante o percurso e fazer algumas paradas para que ele caminhe e faça as suas necessidades. Evite alimentar o bichinho antes da viagem para que ele não fique enjoado e nunca o deixe sozinho dentro do veículo, mesmo em dias mais frescos.

Se for necessário administrar medicação contra enjoo, é essencial consultar um médico veterinário antes. Especialistas da área também alertam sobre a possibilidade de o animal sentir medo de andar de carro ou de avião. Para isso, o tutor pode fazer um condicionamento dias antes da viagem, com pequenos passeios perto de onde mora, junto com a oferta de petiscos e músicas suaves.

“O tutor deve acostumá-lo com a caixa de transporte um pouco antes da viagem, colocando o pet para deitar, entrar, passear na caixa, relacionando a caixa de transporte a bons momentos. Não pode pegar o animal e colocar o pet na caixa pela primeira vez na vida para fazer uma viagem de avião em que ele vai ficar separado do tutor. Isso gera um estresse enorme”, ressaltou Samuel.

De acordo com o médico, o cão pode dar diversos sinais de que está estressado. Ele pode ficar ofegante, com a respiração curta e aumento da salivação. Ele também pode apresentar um desconforto respiratório, com respiração alta, além da lambedura no focinho e nas patas, o que é um grande indicativo de que algo está errado. Além de tudo isso, pode ocorrer a vocalização, como os latidos, choros e gemidos.

No caso dos gatos, eles costumam ficar ainda mais estressados em viagens do que os cães. “Os felinos ficam extremamente incomodados com deslocamento, mas se você tem um animal com temperamento bom, sociável, calmo e seguro, é possível realizar a viagem. Felinos são mais reservados, não gostam de estímulos diferentes, tudo isso vai incomodar bastante, mas é necessário levar em consideração a personalidade do animal”, destacou Samuel.

A fim de garantir a saúde do seu companheiro, é essencial checar se a vacinação está em dia, além da vermifugação, que serve para combater vermes, pulgas e carrapatos. Para não correr o risco de perder o animal durante uma viagem, aposte em uma coleira de identificação que conste dados como o nome do animal, bem como o nome e telefone do responsável por ele. Em locais com piscinas, a supervisão deve ser constante.

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, para viagens ao exterior, é preciso ter um documento emitido pela autoridade veterinária do país de origem e aceito pelos países de destino, que ateste as condições e o histórico de saúde do animal, assim como o atendimento às exigências sanitárias do país de destino. No Brasil, os documentos utilizados são o Certificado Veterinário Internacional (CVI) e o Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos.

Hospedagem
Em algumas ocasiões, não é possível levar o pet para as viagens. Por esse motivo, a hospedagem pode ser uma opção. Os hotéis para pets são estabelecimentos preparados e organizados para oferecer um ambiente seguro e confortável para os animais, com a garantia de que receberão cuidados adequados, comida, estímulos e interação com outros bichinhos. Porém, também é preciso escolher o lugar com cautela.

Visite o hotel antes de deixar o animal no local para verificar as condições de infraestrutura. O espaço deve ser bem ventilado, limpo, amplo e que não ofereça riscos de fuga ou acidente. O estabelecimento deve ser registrado e ter todas as licenças exigidas por órgãos de saúde e bem-estar animal, além de contar com uma equipe de profissionais qualificada e experiente.

O hotel deve exigir vacinação e vermifugação de todos os animais e também deve ter um protocolo para emergências como problemas de saúde ou brigas entre os hóspedes. No caso dos cães, é bom que o local ofereça atividades para manter o bichinho ativo, como caminhadas, treinamentos e brincadeiras. Para tranquilizar os tutores, o lugar deve mantê-los sempre atualizados sobre o animal.

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