SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que estenderia o prazo de 19 de junho para a ByteDance, sediada na China, alienar os ativos americanos do TikTok, o aplicativo de vídeos curtos usado por 170 milhões de americanos, caso nenhum acordo fosse fechado até então.
“Eu gostaria… eu gostaria de ver isso feito”, disse Trump ao programa “Meet the Press with Kristen Welker” da NBC News em uma entrevista gravada na sexta-feira (2) e exibida no domingo (4).
Trump disse que encontrou um “ponto ideal” para o aplicativo depois que ele o ajudou a conquistar eleitores jovens na eleição presidencial de 2024, acrescentando: “O TikTok é muito interessante, mas será protegido”.
O popular aplicativo de compartilhamento de vídeos, com mais de 170 milhões de usuários americanos, está ameaçado por uma lei aprovada no ano passado que exige que o TikTok se separe de seu proprietário chinês ByteDance ou feche as operações nos Estados Unidos.
No início de abril, Trump havia adiado em 75 dias o limite para a ByteDance vender a operação do TikTok no país a um comprador não chinês.
“O acordo requer mais trabalho para garantir que todas as aprovações necessárias sejam assinadas”, afirmou Trump à época, explicando a decisão.
“Esperamos continuar trabalhando de boa fé com a China, que, pelo que sei, não está muito feliz com nossas tarifas recíprocas”, comentou o republicano.
Posteriormente, Trump também afirmou que a China havia desistido de um acordo para a venda do TikTok devido às tarifas impostas por Washington a Pequim
Produtos chineses importados pelos EUA são alvo atualmente de uma tarifa total de até 145%. O percentual é resultado da soma da taxa anunciada pelo presidente Donald Trump no mês passado, de 125%, a uma tarifa de 20% aplicada no início deste ano. Em reação, também no mês passado, a China impôs uma tarifa de 125% sobre os produtos americanos.