Servidor do Ministério da Saúde é morto com marretadas por pedreiro e filho em Planaltina

joselito

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) esclareceu o brutal assassinato do servidor do Ministério da Saúde Joselito Costa Malta, de 59 anos, desaparecido desde 11 de março deste ano. O crime, classificado como latrocínio — roubo seguido de morte — foi investigado pela 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina) e teve desfecho com a prisão do autor, identificado como Elson Teodoro dos Santos, de 41 anos, conhecido como “Chacal”.

Joselito foi morto com requintes de crueldade dentro de sua própria casa, no setor Vale do Amanhecer, em Planaltina (DF). De acordo com a investigação, Elson — que prestava serviços gerais para a vítima há 12 anos — premeditou o crime e contou com a ajuda do filho adolescente para executá-lo. A motivação teria sido o desejo de ficar com um dos carros do servidor, especificamente um Volkswagen Golf amarelo. No entanto, ao chegar ao local e descobrir que o veículo já havia sido vendido, o criminoso decidiu levar um Ford Ka que estava na residência.

A execução foi planejada nos mínimos detalhes. Pai e filho chegaram à casa da vítima em duas bicicletas. Aproveitando-se da confiança de Joselito, entraram na residência, onde Elson o atacou com várias marretadas na cabeça. O crime teve início na cozinha, mas a vítima foi arrastada para o banheiro — local escolhido por facilitar o escoamento do sangue e, possivelmente, a posterior limpeza da cena. Depois de matá-lo, os criminosos enrolaram o corpo em uma coberta, colocaram um saco plástico na cabeça e o transportaram no Ford Ka até uma área de matagal, onde o cadáver foi descartado.

Um detalhe estarrecedor chamou a atenção dos investigadores: segundo relato do próprio adolescente, o pai consumiu uma latinha de cerveja durante o trajeto em que transportava o corpo da vítima no carro. Após o descarte, os dois retornaram à residência, limparam o local do crime e consumiram bebidas alcoólicas antes de fugir levando, além do veículo, dois celulares, dois computadores, um botijão de gás e a carteira de Joselito.

O desaparecimento do servidor foi notado por vizinhos e pela filha, que mora em outro estado, após várias tentativas frustradas de contato. Colegas de trabalho também estranharam sua ausência no regime de home office. Um fato que despertou a atenção dos investigadores foi o uso do Ford Ka da vítima por dois indivíduos desconhecidos logo após o desaparecimento.

Com base nas evidências, a PCDF representou pela prisão temporária do autor e por medidas cautelares, todas deferidas pelo Judiciário. Durante a prisão de Elson, o envolvimento do filho menor de idade foi confirmado.

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