Polícia prende no RS último foragido na Chacina de Unaí, ocorrida há 21 anos

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JOSUÉ SEIXAS
MACEIÓ, AL (FOLHAPRESS)

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu o fazendeiro Norberto Mânica, último foragido da Chacina de Unaí, que aconteceu em 28 de janeiro de 2004. Ele foi condenado por mandar matar quatro servidores públicos do Ministério Público do Trabalho e Emprego.

Mânica estava escondido no interior de Nova Petrópolis, em região de divisa com Gramado. Na operação, o foragido foi localizado e preso sem oferecer resistência. Segundo a polícia, inicialmente ele estava sem documentos e tentou ocultar a identidade, fornecendo informações falsas. Após confronto de dados, ele confessou ser o procurado pela Justiça.

Agora, ele será transferido para o sistema prisional para iniciar o cumprimento da pena.

Ele foi condenado a 64 anos de reclusão pelos crimes de homicídio qualificado e formação de quadrilha.

Segundo a investigação, o crime foi motivado pela fiscalização de condições análogas à escravidão em propriedades rurais.

Em outubro deste ano, a Justiça Federal de Minas Gerais condenou os autores e mandantes da chacina de Unaí a ressarcir a União em R$ 30 milhões pelos benefícios pagos aos familiares dos quatro funcionários públicos assassinados em 2004.

Os auditores Eratóstenes Gonçalves, João Batista Lage e Nelson José da Silva trabalhavam em fiscalizações de trabalho análogo à escravidão na região rural de Unaí quando foram mortos a tiros, em uma emboscada. O motorista Ailton de Oliveira também foi assassinado.

O empresário e ex-prefeito de Unaí, Antério Mânica, irmão de Norberto, se entregou à Polícia Federal em Brasília em 2023. Em fevereiro do ano passado, a Polícia Federal prendeu outro foragido em Campo Grande (MS). Três homens acusados de serem os executores do crime foram condenados em 2013.

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