Centro-direita vence eleições em Portugal; direita conservadora cresce e esquerda sofre perdas históricas

O resultado reflete uma guinada à direita no cenário político português, tradicionalmente dominado pela esquerda (Foto Divulgação)

A coligação centro-direita Aliança Democrática (AD), formada pelo PSD e CDS-PP, venceu as eleições legislativas em Portugal com 32,1% dos votos e 86 mandatos, mais três deputados eleitos na Madeira, totalizando 89 lugares no Parlamento. Apesar da vitória, a AD não alcançou a maioria absoluta, o que indica um cenário político instável e de difícil governabilidade.

A grande surpresa da noite eleitoral foi o avanço expressivo do partido de direita Chega, liderado por André Ventura, que empatou em número de deputados com o Partido Socialista (PS), elegendo 58 parlamentares. Embora o PS tenha recebido mais votos (23,38%) que o Chega (22,56%), a diferença foi de apenas 50 mil votos, enquanto o Chega ampliou sua votação em 175 mil eleitores em relação ao último pleito. Com a contagem dos votos da emigração ainda pendente, o Chega pode superar o PS em número total de assentos.

O resultado reflete uma guinada à direita no cenário político português, tradicionalmente dominado pela esquerda. Analistas apontam que temas como imigração desenfreada e insegurança urbana influenciaram a mudança no perfil do eleitorado. O PS, que ocupava o governo, teve seu pior desempenho desde 1987, perdendo 20 deputados e registrando uma queda de quase 5 pontos percentuais em relação a 2024.

Além do crescimento do Chega, a eleição também marcou um reforço nas bancadas da Iniciativa Liberal, que passou a contar com nove deputados, e do Livre, que agora tem seis representantes no Parlamento.

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