Mães atípicas e cuidadoras de pessoas com deficiência podem contar com terapia comunitária

Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF

A manhã do último sábado (17) foi marcada por um momento de acolhimento e escuta para mulheres que enfrentam a rotina intensa de cuidar de filhos com condições que exigem atenção especial em saúde e desenvolvimento. No auditório do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), mães atípicas e cuidadoras de pessoas com deficiência (PcDs) participaram de mais um encontro de terapia comunitária promovido pela equipe multiprofissional da unidade.

A atividade faz parte de um projeto iniciado em abril, durante o mês de conscientização sobre o autismo, e tem como foco o cuidado integral com quem cuida. A cada mês, um novo tema é abordado com apoio de profissionais voluntários. Desta vez, o destaque foi a palestra “Esvazie sua mochila”, conduzida pela psicóloga e técnica em enfermagem Kisla Veiga, que abordou estratégias de fortalecimento emocional.

O projeto é coordenado pela cirurgiã-dentista Andréia Aquino, especialista em PcDs no Centro de Especialidades Odontológicas do HRT. Segundo ela, a iniciativa surgiu da percepção da necessidade de oferecer suporte além do consultório. “Eu vi essa oportunidade de oferecer para as famílias algo além do que eu ofereço como dentista. O nosso trabalho requer que a gente saia do nosso ‘quadradinho’”, afirma.

Entre as participantes está a enfermeira Maria Freitas, mãe do adolescente Igor, de 15 anos, que tem paralisia cerebral. Ela relata a importância do grupo em sua trajetória. “Aqui eu encontrei pessoas engajadas neste propósito de acolher e ajudar pessoas com necessidades especiais”, diz.

Com o nome “Cuidando de quem cuida”, a proposta é proporcionar um espaço de troca de experiências, apoio mútuo e orientação especializada. Os encontros ocorrem mensalmente, de forma voluntária, com o apoio de diversos parceiros. Para participar, é necessário se inscrever previamente por meio de formulário disponibilizado no perfil do grupo nas redes sociais.

A iniciativa tem contribuído para o bem-estar de mulheres que, muitas vezes, enfrentam jornadas solitárias. “Tem sido a realização de um sonho”, resume Andréia Aquino.

Com informações da Secretaria de Saúde

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