Salvaro sobre Jorginho: “Não há governo. É um governo sem entregas”

Em questão de poucas horas, João Rodrigues e Clésio Salvaro botaram os blocos na rua nas ofensivas ao governador Jorginho Mello (PL). Está evidente a ação conjunta dos dois principais nomes do PSD para a eleição ao Governo do Estado em 2026.

Na segunda-feira à noite, sob o pretexto de replicar notícia de um portal, que classificou de fake, sobre aproximação nacional entre PSD e PT para a eleição presidencial, João Rodrigues deu o tom. E nesta terça, em entrevista à Rádio Cidade em Dia, Salvaro pisou no acelerador.

Na linha do que disse João, Salvaro bateu na tecla de que o prefeito de Chapecó representa a direita desde sempre, e não por oportunismos eleitorais. “O PSD terá o seu candidato a governador, não será um candidato da direita circunstancial, o João sempre teve essa posição e o atual governador não, só ver como ele votava no governo Dilma, os cargos que indicou no Governo Federal, diferente do João que é de raiz, é de direita”.

Salvaro não poupou críticas aos dois primeiros anos do governo Jorginho. “Não há governo. Não há entregas. Você não vê o governo na vida das pessoas”, criticou. Para Salvaro, “o Estado é bom pois tem bons prefeitos”. E citou dois exemplos regionais de obras paradas: “a duplicação da rodovia entre Criciúma e Urussanga e o Anel Viário de Criciúma, uma vergonha”. E emendou pondo em xeque recente pesquisa apontando aprovação de 75% ao governo Jorginho. “Há de se questionar qual a pesquisa e quais os concorrentes. É ele contra ele”.

Ausente nos municípios

Ao exemplificar a ausência de Jorginho nos municípios, Salvaro lembrou que o governador esteve quatro vezes em Criciúma na semana da última eleição. “E depois, cadê o Jorginho? Não apareceu mais. Ele veio só por interesse eleitoral”. Disse que tentou conversar com o governador depois das eleições, e não conseguiu.

Ao minimizar as especulações sobre PT e PSD em nível nacional em 2026, Salvaro afirmou que “o Kassab conhece a realidade dos estados”. Ou seja, que deixará o PSD livre. E no embalo voltou a criticar Jorginho pela falta de experiência no Executivo. “A primeira coisa para estar no Executivo é saber fazer conta com responsabilidade e transparência”. Para Salvaro, João Rodrigues “não trocou de lado apenas por circunstâncias eleitorais, sempre manteve-se firme”.

Bolsonaro com o amigo

E como ficará Jair Bolsonaro em Santa Catarina numa eventual disputa entre Jorginho Mello e João Rodrigues? “O melhor que ele faz é ficar com aquele que é verdadeiramente o seu amigo, amigo dele é o João, o outro está no PL por circunstâncias políticas, somente por isso”, resumiu Salvaro.

Em um eventual futuro governo de João Rodrigues, Salvaro analisa como prioridade despartidarizar a gestão. “Chamar todos os prefeitos e dialogar”, afirmando que Jorginho não faz isso. E cita a descentralização empregada pelo saudoso Luiz Henrique da Silveira (MDB) como um bom projeto a ser levado em conta. Além de LHS, o ex-prefeito de Criciúma menciona Jorge Bornhausen, Esperidião Amin e Raimundo Colombo como exemplos de governos em Santa Catarina.

Próximos passos do PSD

Salvaro tem clara a posição de buscar a vaga de vice na chapa do PSD encabeçada por João, mas comenta que os próximos passos são a consolidação da eleição do deputado Júlio Garcia (PSD) para a presidência da Alesc. Depois, plenárias regionais do partido para fortalecer o projeto próprio PSD e então buscar se aproximar de possíveis aliados como o PP e o Novo, que poderão oferecer Esperidião Amin e Adriano Silva para as vagas ao Senado.

Assista a íntegra da entrevista com Clésio Salvaro no Em Dia com a Cidade:

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