Avião da Embraer que caiu no Cazaquistão é usado em voos regionais por gigantes do setor

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O E190, jato comercial da Embraer, faz parte da família dos E-Jets e é utilizado para voos de distâncias mais curtas, entre países vizinhos, por exemplo. Uma aeronave desse modelo, operado pela Azerbaijan Airlines, pode ter sido atingida por míssil da Rússia e caiu no Cazaquistão na última quarta-feira (25), deixando 38 mortos.

Com capacidade para até 114 passageiros, o avião começou a ser produzido em 2004, de acordo com a Embraer. O modelo é fabricado até hoje.

O alcance do E190 chega a 4.537 km, distância mais que suficiente para voos regionais. É possível fazer o trajeto entre Brasília e Buenos Aires ou entre Dallas (EUA) e Nova York, por exemplo.

Além da Azerbaijan Airlines, o modelo é utilizado por grandes companhias aéreas ao redor do mundo, como a Aerolíneas Argentinas, a Air France e a americana JetBlue.

Em seu site, a holandesa KLM diz que o E190 é ideal para voos mais curtos entre destinos dentro da Europa. A companhia utiliza a aeronave para voos com destino a Florença (Itália), Bilbao (Espanha) e Dublin, a depender da temporada.

Na década passada, a Embraer lançou o E190-E2, uma versão mais moderna do jato comercial. Também com capacidade de até 114 passageiros, a aeronave consome menos combustível e produz menos ruídos.

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (26), a Azerbaijan Airlines disse que investigações preliminares apontam que o avião que caiu no Azerbaijão sofreu interferência externa, física e técnica. A companhia suspendeu vários voos para a Rússia.

Uma das hipóteses é de que a aeronave pode ter sido vítima da defesa antiaérea da Rússia. Relatos de investigadores do Azerbaijão indicam que o avião foi abatido acidentalmente por um míssil.

O voo J2-8243 havia saído de Baku, capital do Arzebaijão, com destino a Grozni, capital da república da Tchetchênia, na Rússia.

O avião foi forçado a fazer um pouso de emergência a 3 km de Aktau, cidade que fica na margem oposta do mar Cáspio em relação ao Azerbaijão e à Rússia.

Em comunicado, a Embraer afirmou que está acompanhando de perto a situação e disse estar totalmente empenhada em apoiar as autoridades competentes.

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