Familiares de Assad são presos ao tentarem sair do Líbano


Síria: retrato rasgado do presidente sírio deposto Bashar al-Assad em uma instalação de segurança governamental saqueada, em Damasco, em 8 de dezembro de 2024.
Rami al Sayed / AFP
A esposa e a filha de um dos primos do deposto ditador sírio Bashar al-Assad foram presas nesta sexta-feira (27) no aeroporto de Beirute enquanto tentavam viajar com passaportes supostamente falsos, informaram autoridades judiciais e de segurança libanesas. O tio de Assad havia partido no dia anterior.
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Rasha Khazem, esposa de Duraid Assad, filho do ex-vice-presidente sírio Rifaat al-Assad, tio de Bashar al-Assad, e sua filha, Shams, foram introduzidas ilegalmente no Líbano e tentavam embarcar para o Egito quando foram detidas, de acordo com cinco funcionários libaneses familiarizados com o caso. Elas foram presas pela Segurança Geral libanesa.
Rifaat partiu no dia anterior usando seu passaporte verdadeiro e não foi detido, disseram os funcionários, que falaram sob condição de anonimato por não estarem autorizados a discutir o caso publicamente.
Em março deste ano, promotores federais suíços acusaram Rifaat de crimes de guerra e crimes contra a humanidade por supostamente ordenar assassinatos e torturas há mais de quatro décadas.
Rifaat al-Assad, irmão do pai de Bashar al-Assad, Hafez al-Assad, antigo governante da Síria, liderou a unidade de artilharia que bombardeou a cidade de Hama, matando milhares de pessoas, o que lhe rendeu o apelido de “o carniceiro de Hama”.
Acredita-se que dezenas de milhares de sírios entraram ilegalmente no Líbano na noite da queda de Assad no início deste mês, quando as forças insurgentes entraram em Damasco.
As autoridades de segurança e judiciais libanesas informaram que mais de 20 membros da infame 4ª Divisão do antigo Exército Sírio, oficiais de inteligência militar e outras pessoas afiliadas às forças de segurança de Assad foram presos anteriormente no Líbano. Alguns foram detidos enquanto tentavam vender suas armas.
A Procuradoria-Geral do Líbano também recebeu uma notificação da Interpol solicitando a prisão de Jamil al-Hassan, o ex-diretor de inteligência síria do governo de Assad. O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, afirmou anteriormente à Reuters que seu país cooperaria com o pedido da Interpol para prender al-Hassan.
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