Justiça afasta policiais penais por suspeita de ligação com Povo de Israel; quinteto recebeu R$ 437 mil em transações suspeitas


De acordo com as investigações, os cinco policiais penais receberam R$ 437 mil em transações suspeitas. Dias antes de ação policial, advogados pediram para ser habilitados e citaram nome de operação: 13 Aldeias. A Polícia Civil do RJ iniciou nesta terça-feira (22) a Operação 13 Aldeias, contra uma quadrilha que, de dentro dos presídios, faz centenas de vítimas todos os dias com o golpe do falso sequestro.
Reprodução/ TV Globo
A Justiça do Rio decidiu afastar dos cargos cinco policiais penais acusados de favorecer a atuação da facção Povo de Israel dentro de presídios do Rio de Janeiro.
A 3ª Vara Especializada em Organizações Criminosas também pediu que a Delegacia Antissequestro investigue um possível vazamento da operação realizada nesta terça-feira (22).
De acordo com as investigações, os cinco policiais penais receberam R$ 437 mil em transações suspeitas. Segundo a decisão judicial, os pagamentos foram realizados diretamente por investigados presos ou seus operadores financeiros para os seguintes agentes:
Fábio Ferraz Sodré (recebeu R$ 54 mil)
Bruno Henrique Rodrigues Baldi (recebeu R$ 192 mil)
Plínio Brum Almada (recebeu R$ 52 mil)
João Paulo De Souza Nascimento (recebeu R$ 39 mil)
Anderson Vieira de Souza (recebeu R$ 100 mil)
Facção “Povo de Israel” surgiu em 2004 tem se expandido
Por conta da livre circulação dos guardas dentro do sistema prisional, onde poderiam entrar em contato com outros colegas, o juiz determinou a suspensão da função pública dos cinco policiais penais.
Na decisão, ele também proibiu o contato com outros colegas e a entrada dos policiais em qualquer estabelecimento do sistema penitenciário do Rio de Janeiro.
Ao todo, segundo as investigações, a quadrilha inteira movimentou R$ 70 milhões em dois anos.
O g1 não conseguiu contato com as defesas dos policiais penais.
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Facção Povo de Israel faturou R$ 70 milhões em 2 anos com o golpe do falso sequestro
O juiz Alexandre Abrahão alegou que dias antes da operação desta terça-feira (22), advogados entraram em contato com a Vara Criminal pedindo para ser habilitados no processo da investigação que resultou na ação policial, batizada de 13 aldeias.
O nome da operação em um dos pedidos, segundo ele, chamou atenção, já que o processo estava em sigilo.
“O que há de concreto é que de alguma forma os investigados souberam do conteúdo investigatório; seja no todo; seja em parte, o que é gravíssimo e serve, o que há de concreto é que de alguma forma os investigados souberam do e penetração do grupo investigado.”
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