Vitória de Nunes coloca Tarcísio cada vez mais independente de Bolsonaro

Chamam muita atenção as repercussões que pode trazer a união de partidos em torno do prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
Um exemplo de consequência imediata é o impacto que essa aliança pode ter na eleição para a presidência da Câmara dos Deputado, em fevereiro. A aliança entre o MDB e o grupo em torno de Tarcísio de Freitas, afastando Bolsonaro, que não estava no palanque de Nunes, fortalece o bloco político. Esse bloco, inclusive, indicou o vice de Nunes.
Embora Bolsonaro não tenha tido um papel ativo na eleição de Nunes, ele pode acabar sendo prejudicado, pois essa situação cria uma mágoa. Já observamos alguns sinais de ressentimento de Nunes em relação a Bolsonaro, especialmente no primeiro turno, quando Pablo Marçal ameaçou levar Nunes ao segundo turno.
É importante mencionar que Nunes não é uma figura de grande brilho ou grande empatia popular e conseguiu se eleger porque a esquerda escolheu um candidato com um teto eleitoral visivelmente mais baixo. Podemos dizer que Guilherme Boulos tem um limite de votos, praticamente o mesmo de 2020, mesmo com todo o apoio de Lula.
Nunes reforça ainda mais o núcleo da direita em torno de Tarcísio, governador de São Paulo, que se mostra cada vez mais independente de Bolsonaro.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.