Garça que estava com copo preso no pescoço é resgatada em força-tarefa no Recreio dos Bandeirantes

Ela havia engolido um copo plástico que estava em meio ao lixo no Rio Morto. As imagens registradas pelo veterinário Jeferson Pires na tarde de segunda (2) viralizaram nas redes sociais. A captura só aconteceu depois de dez dias, já que o animal estava arredio e não deixava os técnicos se aproximarem. Garça que estava com copo preso no pescoço é resgatada em força-tarefa no Recreio dos Bandeirantes
A garça que estava com um copo entalado no pescoço foi resgatada nesta sexta (13) no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. O resgate aconteceu por causa de uma força-tarefa das equipes da Prefeitura do Rio, Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Universidade Estácio de Sá.
A ave havia engolido um copo plástico que estava em meio ao lixo no Rio Morto. As imagens registradas pelo veterinário Jeferson Pires na tarde de segunda (2) viralizaram nas redes sociais. A captura só aconteceu depois de dez dias, já que o animal estava arredio e não deixava os técnicos se aproximarem.
“Desde o primeiro dia, nós fizemos o monitoramento. Integração é importante”, disse Cleber Graça Filho, integrante do Inea.
Jeferson, especialista em animais silvestres e responsável pela Clínica de Recuperação de Animais Selvagens da Universidade Estádio de Sá, teve de rasgar o copo plástico para ver em que condições estava o animal.
“A cabeça dela estava atravessada pelo meio do copo. Acredito que ela possa ter tentado capturar um peixe e a cabeça atravessou o copo ou por algum motivo ela acabou se prendendo no copo”, explicou.
A garça foi levada para o Centro Reabilitação de Animais Silvestres da universidade, em Vargem Pequena. O procedimento para retirar o copo foi rápido, foi bem-sucedido e durou quinze minutos.
“Ela está pesando 2 kg, nada muito significativo. Ela provavelmente está consumindo até peixes pequenos. Trauma pequeno, mas poderia ter ido a óbito”, disse Jeferson.
Por saber que animais dessa espécie, quando trazidos da natureza, não reagem bem a longos períodos de cativeiro, a equipe técnica entendeu que a garça deverá ser reintroduzida na natureza em no máximo três dias.
“Garça em cativeiro não responde bem. Foi possível avistá-la de longe, mas toda vez que alguém se aproximava, a garça saia voando. Foi quando se descobriu que o copo havia mudado de posição e que a garça estava com o objeto enroscado do lado de fora do pescoço”, afirma o veterinário.
As imagens, que viralizaram nas redes sociais, flagraram a ave na Estrada do Rio Morto com resto de lixo jogados na natureza. Regressar significa continuar exposta a toneladas de lixo plástico que continuam ameaçando os animais silvestres da região.
“Triste o consumo de plástico exagerado e o descarte também. A maioria dos animais se machuca e quando um animal desse se machuca, chega para nós um décimo. Milhares de animais acabam morrendo e a gente nem fica sabendo. fundamental que a gente repense essa função”.
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