Indomináveis Presenças explora emancipação identitária por meio das artes visuais

Obra de Rafaela Kennedy/ Divulgação

A identidade e a emancipação das perspectivas negras, indígenas e LGBTQIAPN+ ganham destaque na exposição coletiva de artes visuais contemporâneas “Indomináveis Presenças”, em cartaz no Pavilhão de Vidro do CCBB Brasília até 12 de janeiro de 2025. Idealizada pela AfrontArt – Quilombo Digital de Artes e patrocinada pelo Banco do Brasil, a mostra conta com apoio da Lei Rouanet e do Ministério da Cultura. A entrada é gratuita, com ingressos disponíveis no site e na bilheteria física.

Reunindo 16 artistas de diferentes trajetórias, a exposição apresenta 114 obras que convidam o público a percorrer narrativas estéticas e imaginários que emergem das margens das artes visuais no Brasil. As peças, que incluem gravuras, fotografias, pinturas, performances, esculturas e criações com inteligência artificial, apresentam um olhar contemporâneo e desafiador, convidando os visitantes a refletirem sobre a vida negra, indígena, queer e suas celebrações.

Fotografia de Juh Almeida - Saudade/ Divulgação
Fotografia de Juh Almeida – Saudade/ Divulgação

Assinada por Luana Kayodè e Cíntia Guedes, a curadoria buscou artistas de diferentes regiões do Brasil que vivenciam, em seus corpos e trajetórias, o apagamento social, mas resistem com imagens de afirmação. “Oferecemos ao público imagens de pessoas que convivem com o silenciamento, mas que fazem emergir narrativas de emancipação e celebração da vida”, comenta Cíntia Guedes.

A curadoria também reflete um compromisso em ressignificar a cultura, desafiando o olhar colonial e propondo novas ecologias simbólicas. “Indomináveis Presenças” é uma aposta na imaginação, onde a vida, apesar da violência, é refertilizada por meio de obras que apontam para um futuro mais inclusivo.

Destaques

Entre os destaques da mostra, Adu Santos explora a ausência e presença nos discursos museológicos. Bernardo Conceição desafia a percepção visual em Salvador, enquanto Bixa Tropical celebra a liberdade corporal e o tropicalismo brasileiro. Cosmos Benedito, de Corumbá, investiga ancestralidade indígena em um diálogo profundo entre memória e visualidade.

Artistas como Emerson Rocha, Rafaela Kennedy e Uyra Sodoma trazem questões ligadas ao corpo negro e à homoafetividade periférica, explorando a descolonização e a reinvenção da arte. Gê Viana, por sua vez, foca nas narrativas afro-diaspóricas e indígenas, enquanto Panamby evoca o invisível por meio de rituais e práticas corporais.

Obra de Uyra Sodoma/ Divulgação
Obra de Uyra Sodoma/ Divulgação

A pluralidade de linguagens na exposição oferece um panorama diversificado sobre raça, gênero e ancestralidade, propondo ao público uma jornada sensorial e reflexiva.

Exposição Indomináveis Presenças
Até 12 de janeiro de 2025, de terça a domingo, das 9h às 21h, no Pavilhão de Vidro, CCBB Brasília. Ingressos: gratuitos, disponíveis no site e na bilheteria do CCBB. Classificação indicativa: livre. Informações: (61) 3108-7600.

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