Estudante de medicina morto pela PM: o que se sabe e o que falta saber


Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, foi morto com um tiro no peito durante uma abordagem policial em um hotel na Vila Mariana, São Paulo. A ação foi registrada por câmeras de segurança. Corpo de universitário morto pela PM em São Paulo passa por autópsia
O estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, foi morto com um tiro no peito na madrugada desta quarta-feira (20), durante uma abordagem policial em um hotel na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo. A ação foi registrada por câmeras de segurança do hotel onde ele estaria hospedado com uma mulher.
Veja, a seguir, o que se sabe sobre o caso.
Quem era o estudante de medicina?
Marco Aurélio Cardenas Acosta tinha 22 anos e era filho caçula de um casal de médicos peruanos naturalizados brasileiros que se mudou para São Paulo há mais de vinte anos.
Família de Marco Aurélio Cardenas Acosta em frente ao cemitério
Reprodução/TV Globo
Como começou abordagem policial?
Segundo o boletim de ocorrência, o estudante teria batido no retrovisor da viatura e fugido, o que motivou a perseguição. Marco correu para o hotel onde estava hospedado e, de acordo com os policiais, demonstrava comportamento alterado. Apesar de socorrido, Marco não resistiu aos ferimentos.
O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) registrou o caso como morte decorrente de intervenção policial e resistência.
De acordo com depoimento da mulher que estava com Marco no hotel, os dois haviam discutido intensamente, e ela acredita que a gerência do estabelecimento tenha chamado a polícia. No entanto, os policiais relataram que apenas estavam em patrulhamento quando notaram o estudante e o abrodaram.
O que mostram as imagens da câmera de segurança?
As gravações exibem Marco entrando no hotel sem camisa, seguido pelos dois policiais. Um dos agentes tenta segurá-lo pelo braço, enquanto o outro o chuta. Durante a confusão, o policial Guilherme Augusto Macedo dispara contra o peito do estudante. Especialistas criticaram o uso excessivo da força, especialmente considerando que Marco estava desarmado e em clara desvantagem numérica.
Quem são os policiais envolvidos?
Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado estavam em patrulhamento pelo bairro quando o estudante, de 22 anos, teria dado um tapa no retrovisor da viatura e fugido. Os dois policiais foram afastados das funções operacionais enquanto o caso é investigado pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Policiais tinham câmeras corporais?
Embora ambos estivessem equipados com câmeras corporais, o equipamento não foi ativado durante a ação, segundo o boletim de ocorrência.
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