Israel cancelou, nesta terça-feira (10), uma isenção que permitia aos bancos israelenses trabalhar com os palestinos, o que ameaça paralisar as instituições financeiras palestinas, informou o ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, em comunicado.
O ministro ordenou cancelar “a isenção concedida aos bancos correspondentes que lidam com bancos que operam nos territórios da Autoridade Palestina”, indicou o gabinete de Smotrich, em referência à prorrogação de renovação mensal da qual dependem os bancos palestinos.
Em maio de 2024, Smotrich havia ameaçado cortar a relação vital entre Israel e os bancos palestinos na Cisjordânia ocupada, em represália pelo reconhecimento do Estado da Palestina por parte de três países europeus.
O sistema financeiro e bancário palestino depende da renovação periódica do acordo israelense.
Este protege os bancos israelenses de possíveis ações judiciais relacionadas a transações com seus pares palestinos, por exemplo, em relação ao financiamento do terrorismo.
Em julho, os países do G7 instaram Israel a “tomar as medidas necessárias” para garantir a continuidade dos sistemas financeiros palestinos, depois de um pedido americano.
A imensa maioria das transações na Cisjordânia são realizadas em shekels, a moeda nacional de Israel, porque a Autoridade Palestina não tem um banco central que lhe permita imprimir sua própria moeda.
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