O modelo híbrido de geração de energia implantado em Caiambé, no Amazonas, marca um avanço importante rumo à descarbonização de sistemas isolados no Brasil. Desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e cofinanciado pelo programa de P&D da Aneel, o projeto conta com um sistema de controle automatizado e integrado, capaz de gerenciar diferentes fontes de energia com eficiência, mesmo em dias nublados — comuns na região.

Energia limpa para sistemas isolados
Com cerca de 3 mil habitantes, Caiambé enfrentava uma infraestrutura energética precária, que travava o desenvolvimento social e econômico. A nova matriz híbrida, operada pela Aggreko, garante energia mais limpa e com menor custo operacional, melhorando diretamente a qualidade de vida da população.
A Aggreko fornece energia atualmente a 26 comunidades remotas do Amazonas, empregando 196 pessoas nas localidades. A empresa atua em regiões onde a rede elétrica nacional nunca chegou — e provavelmente não chegará. Todo o descarte de resíduos é monitorado e tratado em Manaus, reafirmando o compromisso ambiental do projeto.
“Caiambé não é apenas uma comunidade beneficiada, é também um laboratório vivo. Cada dado coletado aqui serve de base para a próxima etapa do projeto”, afirma Jaqueline Almeida, gerente da iniciativa.
Segundo ela, o controlador desenvolvido é fruto de anos de pesquisa em sistemas energéticos inteligentes. “Testá-lo em Caiambé, com todos os desafios ambientais e de conectividade, foi o verdadeiro divisor de águas. Estamos falando de uma tecnologia que pode descarbonizar comunidades isoladas no mundo todo — e que nasce no coração da floresta amazônica”, conclui.