
A Justiça dos Estados Unidos derrubou, nesta semana, uma medida do governo do ex-presidente Donald Trump que proibia a Universidade de Harvard de aceitar estudantes estrangeiros. A decisão marca mais um capítulo na série de embates entre a instituição acadêmica e a administração republicana, que se intensificaram ao longo dos últimos anos.
A restrição, anunciada pelo Departamento de Segurança Interna, impedia que qualquer estudante da universidade que não fosse cidadão norte-americano pudesse frequentar presencialmente os cursos da instituição — uma medida que afetaria diretamente cerca de 7 mil alunos internacionais. Harvard reagiu com rapidez, classificando a medida como “ilegal, discriminatória e prejudicial ao ambiente acadêmico”, e entrou com uma ação judicial contra o governo federal.
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A justiça decidiu em favor da universidade, entendendo que a proibição feria princípios básicos de acesso à educação e contrariava o histórico de abertura das instituições acadêmicas norte-americanas a talentos internacionais. Harvard, que recebe alunos e professores de mais de 140 países, comemorou a decisão como uma vitória não apenas para a universidade, mas para a ciência, a diversidade e a liberdade acadêmica.
Conflito recorrente
A tensão entre Harvard e a gestão Trump não é recente. Desde o início do governo republicano, a universidade tem se posicionado publicamente contra diversas políticas migratórias e educacionais implementadas pela Casa Branca. A questão dos vistos para estudantes estrangeiros já havia gerado atritos em 2020, quando o governo tentou impedir que alunos internacionais permanecessem no país caso assistissem aulas apenas de forma remota, durante a pandemia.
Na época, Harvard e o MIT moveram uma ação conjunta que também resultou na suspensão da medida. A atual decisão reforça a posição das universidades como atores centrais na defesa de políticas de inclusão e mobilidade acadêmica global.
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