Refrigerantes e bebidas gaseificadas: os verdadeiros riscos à saúde com o consumo a longo prazo

A acidez dos refrigerantes — com pH próximo ao do vinagre — pode causar erosão do esmalte dos dentes e favorecer problemas gastrointestinais (Foto Divulgação)

Frescos, doces e efervescentes, os refrigerantes e outras bebidas gaseificadas conquistaram espaço permanente nas geladeiras e mesas ao redor do mundo. Apesar da popularidade, estudos ao longo dos anos têm apontado para os riscos à saúde associados ao consumo frequente e prolongado dessas bebidas, tanto nas versões com açúcar quanto nas diet ou zero.

Açúcar em excesso e doenças crônicas
O principal vilão dos refrigerantes tradicionais é a altíssima concentração de açúcares simples. Uma única lata pode conter até 10 colheres de chá de açúcar, contribuindo significativamente para quadros de obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. O consumo regular também está ligado ao aumento de triglicerídeos e à resistência à insulina.

Danos ao sistema digestivo e ósseo
A acidez dos refrigerantes — com pH próximo ao do vinagre — pode causar erosão do esmalte dos dentes e favorecer problemas gastrointestinais, como refluxo e gastrite. Além disso, o excesso de fósforo presente em muitas dessas bebidas pode afetar a absorção de cálcio, enfraquecendo os ossos com o tempo e aumentando o risco de osteoporose.


Versões diet: realmente seguras?

As bebidas “zero açúcar” ou “diet” são frequentemente vistas como alternativas mais saudáveis. No entanto, os adoçantes artificiais como aspartame, sucralose e acessulfame-K ainda são alvo de debates científicos. Embora aprovados por agências reguladoras, estudos sugerem que, em excesso, podem alterar o metabolismo, a microbiota intestinal e até aumentar o apetite por doces.

Efeitos a longo prazo
O consumo prolongado de refrigerantes está associado a um envelhecimento celular mais acelerado, risco aumentado de demência, doenças renais e até certos tipos de câncer. Além disso, o hábito de substituir água e sucos naturais por bebidas industrializadas pode levar à desidratação e desequilíbrios nutricionais.

Moderação é essencial
Especialistas em saúde pública e nutrição recomendam que o consumo de refrigerantes seja esporádico, não diário, e que seja dada preferência a opções mais saudáveis como água, água com gás sem aditivos, chás naturais e sucos de frutas sem açúcar.

O post Refrigerantes e bebidas gaseificadas: os verdadeiros riscos à saúde com o consumo a longo prazo apareceu primeiro em Folha BV.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.