O governador Ibaneis Rocha foi convidado a participar e dar uma palestra na abertura do 33º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental (CBESA) e da Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental (Fitabes), entre esta quinta-feira (22) e o dia 28, em Brasília. O pedido foi feito durante visita dos diretores da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), nesta quarta-feira (21), ao gabinete do chefe do Executivo, no Palácio do Buriti.
Os eventos vão ocorrer no Ulysses Centro de Convenções (antigo Centro de Convenções Ulysses Guimarães) e discutir questões sobre o saneamento ambiental e a transição energética no Brasil, com o tema “Saneamento para quem ainda não tem”. O congresso terá patrocínio do GDF, por meio da Secretaria de Turismo (Setur-DF), de aproximadamente R$ 3 milhões.
Ao falar do congresso, o governador Ibaneis Rocha lembrou dos números do DF na questão do saneamento básico e lembrou que o país tem um longo caminho a percorrer para alcançar a universalização do saneamento básico.
“Ainda temos diversas capitais que não possuem saneamento básico, e isso coloca as pessoas em uma situação de maior dificuldade. Serão três dias de discussões sobre todas as questões de saneamento, e o motivo de ser em Brasília é exatamente porque aqui somos exemplo de saneamento para todo o país. Temos, no DF, aproximadamente 99% das residências com água potável, temos uma coleta de aproximadamente 96% dos nossos esgotos que são tratados antes de retornarem para a natureza”, disse Ibaneis Rocha.
A expectativa é reunir 15 mil visitantes, incluindo mais de 5 mil congressistas e 120 expositores. Representando o DF, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) terá uma participação importante no evento, levando as tecnologias e os números da capital.
“Para a Caesb é muito importante, porque o GDF tem investido muito, de forma gigantesca, no saneamento. E quando eu falo em saneamento, eu não estou falando só da Caesb; eu estou falando de saneamento, água e esgoto. Drenagem é saneamento, resíduos sólidos também é saneamento. Então, todas essas empresas do GDF envolvidas no saneamento estarão no congresso, e, como nós somos um exemplo de saneamento para o país, é muito importante essa participação”, acrescentou o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis.
O DF é referência nacional em saneamento básico, com uma das melhores redes de abastecimento, tratamento e distribuição de água do Brasil, segundo avaliações de institutos especializados. Desde o início da gestão do governador Ibaneis Rocha, em 2019, já foram feitos investimentos de R$ 1,5 bilhão em obras de ampliação dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário. A meta da Caesb é ampliar a capacidade de atendimento diante do crescimento populacional e da expansão urbana, com previsão de investir mais de R$ 3 bilhões até 2029.
Exemplo para o país
O evento é também uma espécie de prévia para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), em novembro deste ano. Para o presidente da Abes, Marcel Costa Sanches, será uma oportunidade de tratar de mudanças climáticas e toda a temática envolvendo a sustentabilidade também dentro do ambiente político.
Marcel Sanches também elogiou a infraestrutura sanitária do DF e reforçou que a capital é um exemplo para o país. “Esse é o maior congresso de saneamento do Brasil, é onde o saneamento se encontra. A Caesb é uma excelência no setor de saneamento, assim como o DF é nas pautas de resíduos sólidos e drenagem, e aqui vai ser o palco para compartilhar essas experiências que o GDF tem com o Brasil, servindo de modelo para os assuntos em que a gente ainda tem tantos desafios a enfrentar”, destacou. “Temos uma diretriz legal de levar água e esgoto tratado para toda a nossa população até 2033, e Brasília já conseguiu isso. Nós queremos mostrar esse case de Brasília para inspirar as demais cidades do Brasil”.
Capital da energia limpa
O apoio do GDF ao congresso está alinhado a uma série de iniciativas que vêm sendo implementadas para impulsionar a sustentabilidade e o uso de fontes renováveis de energia. Um dos marcos dessa agenda foi a sanção da lei distrital nº 6.891/2021 — conhecida como Lei de Renováveis —, que busca transformar a capital em referência nacional na adoção de energias limpas.
Entre as ações em curso, destaca-se o projeto CITinova, desenvolvido em parceria com a ONU, que incentiva o uso de energia solar e práticas sustentáveis nas bacias do Rio Descoberto e do Paranoá. Na iluminação pública, o GDF vem substituindo as antigas luminárias de vapor de sódio por lâmpadas de LED. Apenas nos primeiros três meses deste ano, cerca de 50 mil luminárias foram trocadas, contribuindo para a redução do consumo de energia e das emissões de CO2.
No campo da mobilidade, o Distrito Federal caminha para ter uma frota de 90 ônibus elétricos, mais silenciosos e menos poluentes. O incentivo ao uso de veículos elétricos e híbridos também inclui isenção de IPVA e a instalação de 130 eletropostos em locais estratégicos da capital.
A Caesb também está sendo modernizada, e agora poderá produzir energia limpa a partir do biogás gerado em suas estações de tratamento. Para isso, contará com um financiamento de R$ 312 milhões do banco alemão KfW. Outra frente importante é a parceria entre o GDF e a Neoenergia para implantação de um posto de abastecimento de hidrogênio verde, consolidando Brasília como polo emergente em soluções energéticas sustentáveis.
*Com informações da Agência Brasília