Uma situação inusitada foi registrada em Itajaí (SC): uma mulher procurou atendimento para uma boneca reborn, que são réplicas hiper-realistas de bebês, em uma unidade da rede pública de saúde. O caso ocorreu em janeiro deste ano, na Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque do Agricultor, mas somente veio à tonaanesta terça-feira (20), com a “onda reborn”.
Segundo a Secretaria de Saúde, a mulher compareceu à unidade acompanhada da filha, de quatro anos, e solicitou que os profissionais de saúde simulassem a aplicação de uma vacina na boneca da criança. O objetivo, de acordo com o relato feito na época, seria gravar a ação para publicar nas redes sociais.
A servidora responsável pelo atendimento inicialmente acreditou que o pedido era referente à vacinação da própria criança e chegou a solicitar a carteira de vacinação. Ao perceber que o pedido se referia à boneca, a equipe explicou que não poderia realizar o procedimento, mesmo que fosse apenas uma simulação.
O argumento foi de que isso implicaria no desperdício de materiais públicos, como seringas e agulhas, que são de uso exclusivo para aplicação real de vacinas em crianças e adultos.
Ainda de acordo com a gerência da UBS, a mulher insistiu: “O que tem? É só abrir uma seringa, só abrir uma agulha e fingir que deu”. A equipe, no entanto, manteve a recusa, e a mulher acabou deixando o local.
Diante da possibilidade de que a mesma solicitação fosse feita em outras unidades, a direção do posto emitiu um comunicado interno de alerta. Até o momento, segundo a prefeitura, o episódio segue como um caso isolado.
Bonecas reborn se popularizaram no Brasil nos últimos anos e são alvo de uma crescente comunidade de colecionadores, com forte presença em redes sociais. Apesar disso, autoridades de saúde alertam que qualquer tipo de simulação de procedimento médico com insumos públicos configura mau uso de recursos e não será permitido.
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