Telefonema entre Trump e Putin sobre paz na Ucrânia deverá acontecer hoje

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BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS)

O presidente dos EUA, Donald Trump, irá falar nesta segunda-feira (19) com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre a paz na Ucrânia. Mais cedo, o governo russo afirmou que prefere encerrar o conflito com a Ucrânia por meio da diplomacia, e não no campo de batalha.

Trump anunciou a reunião com Putin para nesta segunda-feira (19), às 11h (horário de Brasília). “Os assuntos da reunião serão o fim do ‘banho de sangue’ que está matando, em média, mais de 5.000 soldados russos e ucranianos por semana, e o comércio”, escreveu Trump em seu site Truth Social.

Trump, que diz querer ser lembrado como “pacificador” e que espera um dia “produtivo”. “Que ocorra um cessar-fogo e que essa guerra muito violenta, uma guerra que nunca deveria ter acontecido, termine”, concluiu.

Horas antes da reunião, o governo da Rússia afirmou querer encerrar o conflito por meio da diplomacia.

“É preferível, claro, atingir nossos objetivos por meios políticos e diplomáticos”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à mídia estatal. Ele também disse que a Rússia “aprecia muito” as tentativas dos EUA de encerrar os combates.

Reunião acontece poucos dias após as primeiras negociações diretas entre Rússia e Ucrânia para o fim da guerra. Ocorrida na sexta-feira em Istambul, o encontro terminou sem um acordo de cessar-fogo, mas com ambos os lados concordando em trocar mil prisioneiros de guerra.

RÚSSIA PROÍBE ANISTIA INTERNACIONAL

nesta segunda-feira (19), a Procuradoria-Geral da Rússia classificou a ONG Anistia Internacional como uma “organização indesejável”. Suas atividades no país foram suspensas. Dezenas de organizações internacionais também foram proibidas na Rússia como parte de uma repressão à dissidência e às críticas.

O país acusa a ONG de apoiar a Ucrânia. “A sede da Anistia Internacional em Londres é um centro de preparação de planos russofóbicos em escala global, financiados por cúmplices do regime de Kiev”, disse o procurador-geral russo em um comunicado.

A procuradoria também afirma que a ONG “fez todo o possível para intensificar o confronto militar na região, justificando os crimes dos neonazistas ucranianos”. A Ucrânia, os países ocidentais e especialistas independentes rejeitam as alegações da Rússia de que trava uma ofensiva para “desnazificar” a Ucrânia, descartando essas declarações como propaganda infundada do Kremlin.

223 organizações são classificadas como “indesejáveis” pela Rússia. Este status proíbe suas operações no país, além de colocar em risco os cidadãos russos que trabalham, financiam ou colaboram com essas associações, pois podem estar sujeitos a multas e a duras penas de prisão.

Em seu site, a Anistia Internacional descreve a ofensiva militar da Rússia na Ucrânia como uma “guerra de agressão”. Além disso, a ONG denuncia que na Rússia “os direitos à liberdade de expressão, reunião pacífica e associação são severamente restringidos” e afirma que há “perseguição arbitrária” de grupos religiosos e organizações LGBTQIA+, entre outros.

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