Festival Meskla celebra diversidade com shows de peso e vozes potentes do DF

11.05 meskla @fercoutinho #shakeitbsb

O Festival Meskla voltou com força total neste sábado (17), na Arena BRB Mané Garrincha, consolidando-se como um dos maiores eventos culturais do Distrito Federal. Com mais de 25 mil pessoas presentes, o festival promoveu uma fusão intensa de ritmos e vivências, com shows que foram do rap ao trap, do funk à poesia da periferia — tudo envolvido em uma atmosfera de celebração, resistência e identidade.

O Jornal de Brasília marcou presença no evento e conversou com duas das grandes representantes da cena local: Isa Marques e Negra Flow. As artistas, que subiram ao palco ao lado de nomes consagrados como Mano Brown com Djonga, MC Cabelinho, Duquesa, Veigh, Kayblack, Major RD convida Ryu, The Runner, Orochi convida Chefin, Yunk Vino e MC Hariel, foram destaque por suas apresentações marcadas por autenticidade e representatividade.

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Isa Marques. – Foto: Lucas Fernandes

Na entrevista exclusiva, Isa Marques destacou a emoção de dividir o palco com nomes que marcaram sua trajetória. “Me preparo com muita gratidão e respeito. Cada show é uma troca de energia única, e estar ao lado de artistas como Mano Brown, Duquesa, Djonga no Festival Meskla é uma honra”, contou a cantora. Em turnê com o projeto Sem Volta, Isa também falou sobre suas raízes: “Minha vivência em Sobradinho e no DF como um todo é a base da minha música. Levo isso comigo em cada batida.”

Já Negra Flow reforçou a importância de ocupar espaços que antes não estavam abertos para artistas como ela: “Fico muito feliz e me sinto muito lisonjeada. Acredito muito nas minhas rimas e nos meus versos”, afirmou. Em cima do palco, a artista apresentou faixas do seu novo álbum Luxúria, e emocionou o público com uma performance envolvente. “O Meskla tem um papel muito importante, porque são poucos os festivais que abrem portas para a arte periférica — principalmente para mulheres negras como eu, que cantam rap em um ambiente ainda tão masculinizado.”

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Negra Flow. – Foto Vinícius Adorno

Além dos shows, o festival contou com batalhas de rima em parceria com a Batalha da Escada, break dance, tirolesa e uma Galeria Urbana com obras de artistas visuais do DF. Tudo isso em uma estrutura ampla, inclusiva e com dois palcos simultâneos, que garantiram uma experiência completa para quem vive e respira cultura urbana.

Para Thiago Reis, diretor de criação do Grupo R2, o momento é simbólico. “Esse encontro entre Mano Brown e Djonga representa o amadurecimento do festival. São nomes que chancelam a seriedade do nosso trabalho, valorizando um grande legado da nossa cidade para a cultura urbana do país”, disse.

Com vozes fortes, identidade pulsante e representatividade em alta, o Festival Meskla reafirmou sua missão: ser mais do que um palco — ser um movimento.

Edição de vídeo: Rodrigo Lima

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