Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O Brasil exportou 3,1 milhões de sacas de café de 60 kg em abril. Na comparação com o mesmo período de 2024, as exportações caíram 27,7%. Em receita, a movimentação cresceu 41,8% e atingiu US$ 1,341 bilhão. As informações estão na edição de abril do Relatório Mensal de Exportações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Segundo o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, a redução em volume é “compreensível” porque o Brasil está num período de entressafra. Em especial depois de o Brasil ter exportado montante recorde em 2024.
“Até a entrada da safra de arábica, esperamos queda nas exportações nos próximos dois meses. Como viemos de embarques históricos no ano passado, é natural que 2025 apresente menores volumes, mas ainda mantendo receita cambial significativa como reflexo dos preços no mercado internacional”, afirma.
De janeiro ao fim de abril de 2025, as exportações de café somaram 13,816 milhões de sacas, o que representa declínio de 15,5% em relação ao volume dos 4 primeiros meses de 2024. Por outro lado, a receita cambial disparou 51% no período, chegando a US$ 5,235 bilhões, o maior valor para esse intervalo.
O café arábica foi o mais exportado no período, com as remessas ao exterior somando 11,709 milhões de sacas. O segmento do café solúvel aparece na sequência, com embarques equivalentes a 1,282 milhão de sacas, seguido pela espécie canéfora (conilon + robusta), com 807.165 sacas, e pelo setor industrial de café torrado e torrado e moído, com 18.386 sacas.
Os Estados Unidos foram os principais parceiros comerciais dos cafés do Brasil entre janeiro e o fim de abril deste ano, com a aquisição de 2,373 milhões de sacas. Redução de 11,2% em relação ao mesmo período de 2024. A Alemanha ocupou o 2º lugar no ranking, com a importação de 1,785 milhão de sacas, ou 24,4% a menos do que no 1º quadrimestre de 2024.
A Itália aparece na sequência, registrando a compra de 1,146 milhão de sacas, com declínio de 13% no intervalo, seguida por Japão, que apresentou crescimento de 6,1% no período ao adquirir 865.929 sacas, e Bélgica, que importou 618.305 sacas, aferindo queda de 63,1%.
O Porto de Santos, em São Paulo, permaneceu como o principal exportador dos cafés do Brasil no 1º quadrimestre, com o embarque de 11,044 milhões de sacas e representatividade de 79,9% no total.
Na sequência, vieram o complexo portuário do Rio de Janeiro, que respondeu por 16% ao enviar 2,205 milhões de sacas para fora do país, e o Porto de Paranaguá (PR), que exportou 134.008 sacas e teve representatividade de 1%.
Poder 360
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