A American Bitcoin, uma startup que oferece energia e suporte informático e que tem entre seus investidores os dois filhos mais velhos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, será listada na Bolsa de Valores de Nova York neste outono do hemisfério norte.
“Ao abrir o capital da American Bitcoin, esperamos desbloquear o acesso direto a capital para crescimento”, declarou Asher Genoot, diretor executivo da Hut 8, empresa-mãe da startup, em um comunicado de imprensa divulgado na segunda-feira.
A American Bitcoin se fundirá com a Gryphon Digital Mining, empresa que já é negociada em Wall Street e se especializa em “mineração”, um processo que envolve uma longa série de cálculos que levam à produção de uma unidade da moeda digital.
“Espera-se que a empresa resultante da fusão seja negociada na Nasdaq sob o símbolo ‘ABTC’ (…) a partir do terceiro trimestre de 2025”, afirmou a Hut 8 no comunicado.
Uma vez finalizada a operação, os acionistas atuais da American Bitcoin deterão aproximadamente 98% da nova entidade, segundo o documento.
Anteriormente, a American Bitcoin era majoritariamente controlada pela Hut 8. No entanto, cerca de 20% das ações pertenciam a um grupo de investidores, entre eles Eric Trump e Donald Trump Jr., filhos do magnata republicano que voltou à Casa Branca em janeiro passado.
Os vínculos entre a família do presidente e a indústria das criptomoedas estão cada vez mais estreitos.
Em setembro, os dois filhos mais velhos do mandatário se associaram, junto ao pai, à plataforma de câmbio de criptomoedas World Liberty Financial.
Essa empresa lançou em março uma criptomoeda chamada USD1, indexada ao dólar.
Donald Trump multiplicou as iniciativas para flexibilizar a regulamentação das criptomoedas desde que assumiu o cargo em 20 de janeiro.
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