As Bolsas da Ásia e da Europa tiveram uma forte alta nesta segunda-feira (12) depois que EUA e China anunciam acordo para reduzir tarifas temporariamente. A medida deu aos investidores alguma confiança de que uma guerra comercial em grande escala pode ter sido evitada.
As três principais Bolsas da China registraram alta. O CSI300 teve valorização de 1,16%; o SSEC (de Xangai) ganhou 0,82%; e o Hang Seng (de Hong Kong) subiu 2,98%.
O índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 2,98%, enquanto o índice de tecnologia ganhou mais de 5%, ambos marcando os maiores saltos em um único dia desde o início de março.
No fechamento, o índice de Xangai (SSEC) teve alta de 0,82%, enquanto o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,16%.
O iuan se fortaleceu até 7,2001 em relação ao dólar, atingindo o maior valor em seis meses, enquanto sua contraparte offshore subiu mais de 0,5%.
Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 0,38%, a 37.644 pontos, enquanto em Seul, o índice KOSPI teve valorização de 1,17%, a 2.607 pontos, e Taiwan, o índice TAIEX registrou alta de 1,03%, a 21.129 pontos.
Seguindo a mesma tendência, as principais Bolsas da Europa também aumentaram nesta manhã. O índice STOXX 600, referência no continente, subiu 1,1%, o DAX, da Alemanha, subiu 1,5%, e o italiano FTSE MIB teve alta de 2% na manhã desta segunda-feira.
As ações globais também apresentaram ganhos após o anúncio, com os futuros do S&P 500 subindo 2,6%, e o dólar americano valorizou 1,2% contra uma cesta de moedas pares. O euro, por exemplo, caiu 1% em relação à moeda americana, para US$ 1,11. O ouro, um ativo de refúgio, registra queda de 3,3%.
O acordo foi anunciado pelo secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, e estabelece que os Estados Unidos reduzirão as tarifas adicionais sobre produtos chineses para 30% (10% de taxa básica, mais 20% relacionados ao tráfico da droga fentanil). Hoje, o índice chega a 145%.
A China diminuirá as taxas sobre importações americanas para 10% (são 125% hoje). O país asiático também disse que irá “suspender ou cancelar” medidas não tarifárias tomadas contra os EUA.
“Ambos os países representaram muito bem seus interesses nacionais”, disse Bessent nesta segunda-feira (12). “Ambos temos interesse em um comércio equilibrado, os Estados Unidos continuarão avançando nessa direção”.