Na tarde desta quinta-feira (08), a fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina, sinalizando ao mundo que a Igreja Católica tem um novo líder. O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi eleito o novo papa, tornando-se o primeiro pontífice da Ordem de Santo Agostinho e o segundo americano a ocupar o cargo, após o argentino Papa Francisco.
Nascido em 14 de setembro de 1955, em Chicago, Illinois, Prevost tem uma trajetória marcada pela vida missionária, formação acadêmica sólida e longa experiência no governo da Igreja. Filho de Louis Marius Prevost, de origem francesa e italiana, e de Mildred Martínez, de ascendência espanhola, o novo papa viveu parte significativa de sua missão no Peru, onde atuou por mais de uma década em comunidades carentes.
Formado em Matemática e Filosofia pela Villanova University, iniciou sua vida religiosa em 1977 como noviço agostiniano, fazendo seus votos solenes em 1981. Estudou Teologia em Chicago e Direito Canônico em Roma, sendo ordenado sacerdote em 1982.
Entre suas principais experiências pastorais, destacou-se como diretor de formação, prior e vigário judicial na Arquidiocese de Trujillo (Peru), além de atuar como pároco em regiões periféricas. Foi prior provincial em Chicago e, mais tarde, eleito por dois mandatos como Prior Geral da Ordem de Santo Agostinho.
Seu retorno ao Peru em 2014 como bispo de Chiclayo marcou o início de uma ascensão eclesial mais visível. Nomeado Prefeito do Dicastério para os Bispos em 2023 por Papa Francisco, foi criado cardeal no mesmo ano. Nos últimos anos, teve papel importante nas decisões da Santa Sé, integrando diversos dicastérios e comissões vaticanas.
Seu lema episcopal, “In Illo uno unum” (“No único [Cristo], sejamos um só”), inspira-se em Santo Agostinho e traduz seu desejo de unidade e comunhão dentro da Igreja.
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