Andressa Urach revela bastidores dolorosos de sua fé: “Na igreja me senti mais usada do que na prostituição”

Em entrevista sincera, ex-Miss Bumbum desabafa sobre sua passagem pela Igreja Universal, traumas emocionais e o retorno polêmico ao conteúdo adulto.

Nos bastidores da fama e longe das lentes dos realities, existe uma mulher que já se reinventou mais vezes do que muitos mudam de cabelo. Andressa Urach, sim, aquela que já foi Miss Bumbum, missionária e agora criadora de conteúdo adulto, abriu o coração em uma entrevista poderosa no “Camarote do Chico Barney” — e, olha, tem muita história ali que dá nó na garganta.

Com a voz embargada e sem medo de se expor, Urach contou como tentou apagar o passado em nome de uma nova vida. Depois de quase morrer em 2014 por complicações com hidrogel, ela se jogou nos braços da fé e mergulhou de cabeça na Igreja Universal. De mulher sensual à missionária fervorosa, ela renunciou à TV, ao sexo, às roupas curtas e até às músicas que amava ouvir. Tudo em busca de um recomeço.

Mas por trás da “santa”, havia um coração sufocado. “Depois de ler a Bíblia três vezes, eu entendi que eu era uma marionete. Eles me queriam na política”, contou. O baque veio quando ouviu de uma religiosa: “Você é mais útil fora do que dentro [da igreja]”. O choque foi tão grande que ela se sentiu mais usada ali dentro do que quando trabalhava com prostituição.

“Na prostituição, eu era paga pelo meu serviço. Existia um combinado. Mas na igreja… me senti usada, abusada, oprimida.”

E aí o castelo de fé desmoronou. Ela conta que, depois de ser demitida da RecordTV, percebeu contradições demais no meio religioso: “Via pastor que batia na mulher e depois pregava santidade. Aí tu pensa: adianta o quê? Melhor assumir que é pecador e pedir misericórdia.”

O desabafo tocante também revelou as cicatrizes invisíveis. Andressa confidenciou que voltou ao conteúdo adulto por necessidade financeira, mas que a decisão rasgou sua alma. “Gostava de ser santa. Gostava de ajudar. Mas eu precisava de dinheiro. E voltei. Me internei. Tive que buscar ajuda, porque minha cabeça estava confusa.”

Hoje, Urach vive entre a lucidez e a dor, tentando encontrar paz onde por muito tempo só existia julgamento. E mesmo depois de tantas transformações, ela mantém uma fé só dela — sem rótulos e sem plateia:

“Todos os dias eu digo: ‘Senhor, obrigado por essa vida. Tem misericórdia de mim no dia que eu precisar de Ti’. É isso que eu acredito.”

Entre lágrimas, fé e coragem, talvez a verdadeira missão de Andressa seja apenas essa: seguir vivendo, do jeito mais honesto possível consigo mesma.

https://www.youtube.com/watch?v=detXdc93XQU

Adicionar aos favoritos o Link permanente.