O ultra-oposicionista Alberto Fraga, quem diria, passou a ser defensor de uma negociação do governador Ibaneis Rocha com o presidente Lula, para ele a única forma de se conseguir a curto prazo um reajuste das forças policiais do Distrito Federal.
Fraga lembrou que Ibaneis reuniu as forças de segurança pública e anunciou um reajuste de 30%, dividido em duas etapas. É sabido que Brasília sobrevive do fundo constitucional, portanto, o fundo constitucional é quem custeia a segurança pública e, secundariamente, a saúde e a educação. À época, lembra, afirmou que queria parabenizar o governador Ibaneis, mas, depois que ele mandaria a mensagem para o Poder Executivo Federal, a coisa começou a engrossar.
“Não deu outra coisa. A mensagem deve ser mandada para o Poder Executivo, para o Presidente Lula, e o Presidente Lula automaticamente faz uma medida provisória para que esse reajuste seja concedido, até mesmo porque o dinheiro não é da União. O dinheiro é do fundo constitucional que foi criado para custear a segurança pública”.
“Mas, não sei por que o Presidente Lula sentou em cima desse reajuste e não fala absolutamente nada. Para complicar, o Governador Ibaneis disse que não pisava em território que o Lula pisava. Talvez seja isso o que esteja acontecendo. As Forças de Segurança Pública do Distrito Federal, que há muitos anos não têm um reajuste, estão se desmotivando porque o Presidente Lula não manda a medida provisória do reajuste salarial para esta Casa. É lamentável que, numa disputa política ou num embate político entre o Governador e o Presidente da República, vá sobrar para as Forças de Segurança Pública”.
“Afinal, eu sempre defendo que não se faz campanha salarial atacando o salário de ninguém”, completou.
