A Defesa Civil palestina informou nesta quarta-feira (7) que 26 pessoas morreram em ataques aéreos israelenses desde o início do dia na Faixa de Gaza, incluindo 15 pessoas mortas em um bombardeio contra uma escola que abrigava deslocados no norte do território.
Após dois meses de trégua, Israel retomou em 18 de março a sua ofensiva contra o Hamas como parte da guerra que eclodiu após o ataque sem precedentes perpetrado pelo movimento islamista palestino em território israelense em 7 de outubro de 2023.
Nesta quarta-feira, o bombardeio mais mortal atingiu uma escola com pessoas deslocadas no leste da Cidade de Gaza (norte), segundo o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Bassal.
“Nossas equipes recuperaram 15 corpos e dez feridos”, declarou Bassal à AFP.
Oito membros de uma mesma família, com idades entre dois e 54 anos, também foram mortos e outras 12 pessoas ficaram feridas em outro ataque contra uma casa em Khan Yunis (sul), acrescentou.
Imagens capturadas pela AFP em Khan Yunis mostram crianças feridas chorando enquanto corpos enrolados em cobertores chegavam de ambulância ao hospital Nasser da cidade.
“Eles estavam dormindo quando a casa desabou sobre eles”, disse Abir Shehab, que perdeu seu irmão no bombardeio.
“Morremos de fome, morremos pela guerra, morremos de medo, morremos de tudo e o mundo inteiro segue nos assistindo morrer enquanto continua sua vida normalmente”, lamentou.
Outros três palestinos morreram e pelo menos oito ficaram feridos em um ataque aéreo a uma casa no campo de refugiados de Jabaliya (norte), afirmou o porta-voz.
O Exército israelense não respondeu às tentativas de contato da AFP.
O ataque de 7 de outubro de 2023 matou 1.218 pessoas do lado israelense, a maioria civis, segundo uma avaliação da AFP baseada em dados oficiais.
Das 251 pessoas sequestradas naquele dia, 58 ainda estão presas em Gaza, das quais 34 foram declaradas mortas pelo Exército israelense. O Hamas também mantém o corpo de um soldado israelense morto em uma guerra anterior em Gaza, em 2014.
A campanha de retaliação israelense deixou pelo menos 52.653 mortos na Faixa de Gaza, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde do Hamas considerados confiáveis pela ONU.
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