Inter e Barça fazem jogo épico, e a gente se lembra que ainda existe um esporte chamado futebol

Se você ainda ama o futebol, mas andava desanimado com o que tem visto por aí, principalmente no Brasil, talvez tenha reencontrado a paixão nesta terça-feira. Inter de Milão e Barcelona fizeram, talvez, o melhor jogo dos últimos cinco ou dez anos. Um 4 a 3 de altíssimo nível técnico, intensidade absurda, roteiro imprevisível e, sobretudo, emoção pura — daquelas que justificam por que esse é o esporte mais popular do mundo.

A Inter venceu e vai à final da Champions League, sonhando com seu quarto título europeu. O Barcelona se despede, mas sem vergonha alguma. Jogou muito, honrou sua camisa, brigou até o fim. Foi um jogo tão espetacular que nem dá pra culpar o derrotado. E isso é raro.

Ao marcar nesta incrível semifinal, o brasileiro Raphinha igualou Serhou Guirassy, do Borussia Dortmund, no topo da lista de melhores marcadores da UEFA Champions League, ambos com 13 gols.

Nós, brasileiros, estamos há tempos sem ver nada parecido. A nossa Seleção anda sem técnico, sem futebol — e até sem camisa. Metade da população se recusa a vestir o amarelo. A outra metade se revolta com a ideia de trocar por vermelho. Não temos time. Não temos identidade. Não temos espetáculo.

Enquanto isso, na Europa, o futebol segue sendo… futebol. O verdadeiro. Aquele que te deixa sem fôlego. Aquele em que você termina o jogo debatendo uma jogada genial, um gol inacreditável, uma defesa improvável — e não o gramado ruim, a arbitragem desastrosa ou o VAR atrapalhado.

É doloroso admitir, mas ao assistir uma semifinal como essa da Champions, a sensação que fica é uma só: o futebol ainda existe. Só não está mais aqui.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.