A artista brasileira Màia Hazel, radicada em Nova York, lança no próximo dia 9 o videoclipe de “B*TCH PLEASE”, obra que pretende tornar a música um manifesto visual contundente e politizado. Com direção de Fabio Ladeluca e direção artística assinada pela própria artista, o clipe mistura elementos do cinema, da moda e da performance com mensagens de enfrentamento e afirmação identitária.
Com orçamento estimado em mais de 100 mil dólares, o projeto foi filmado sob a simbólica Lua Rosa e conta com a fotografia de um profissional que já colaborou com nomes como Tim Burton, Lady Gaga, Al Pacino, Barack Obama e Beyoncé.

Foto: Divulgação
No clipe, Màia segura cartazes com frases como “Protect the Dolls”, “Eu fui uma criança trans” e “Parem de nos matar”, em referência direta ao icônico vídeo “Subterranean Homesick Blues”, de Bob Dylan — mas com uma intensidade e urgência que transformam os dizeres em gritos silenciosos embalados por batidas eletrônicas, alta costura e atitude.
“‘B*TCH PLEASE’ é minha resposta à tentativa de apagamento das nossas existências”, afirma a artista. “Essa obra não é só minha — é um grito coletivo. Estamos vivendo uma distopia, e cruzar os braços nunca foi uma opção.”

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A produção também marca o início da chamada “Golden Era” de Màia Hazel, fase em que a artista promete elevar a arte como escudo e arma política. “A ‘Golden Era’ é um deboche necessário. O ouro aqui é a potência de ser quem se é, sem pedir licença”, explica.
Com forte apelo estético e narrativo, “B*TCH PLEASE” estabelece Màia Hazel como um dos nomes mais provocativos da nova cena artística global, onde beleza e protesto caminham juntos — e a arte serve de trincheira.