O Vaticano anunciou nesta segunda-feira (5) que os 133 cardeais com direito a voto já chegaram a Roma para participar do conclave que elegerá o novo papa. A eleição ocorrerá com portas fechadas na Capela Sistina, a partir desta quarta-feira (7), e contará apenas com cardeais com menos de 80 anos. A sucessão foi motivada pela morte do papa Francisco, ocorrida no mês passado.
Desde o falecimento de Francisco, em 21 de abril, os cardeais vêm se reunindo quase diariamente para debater o futuro da Igreja Católica, que conta com cerca de 1,4 bilhão de fiéis. Na manhã desta segunda-feira, 180 cardeais participaram de uma reunião preparatória, incluindo 132 eleitores — o 133º, embora já esteja em Roma, não compareceu à sessão. Dois cardeais, da Espanha e do Quênia, não participarão da votação por questões de saúde.
Durante os encontros, um dos temas centrais foi a preocupação com as divisões internas da Igreja, especialmente em torno de temas polêmicos abordados por Francisco, como as bênçãos a casais do mesmo sexo e o papel das mulheres. As preferências entre os cardeais estão divididas: enquanto alguns desejam manter o caminho progressista iniciado pelo papa Francisco, outros defendem um retorno a tradições mais rígidas da doutrina católica.
Entre os nomes mais mencionados como possíveis sucessores estão o cardeal italiano Pietro Parolin e o cardeal filipino Luis Antonio Tagle, embora muitos eleitores ainda não tenham definido seus votos. Durante o conclave, os cardeais ficarão isolados em duas casas de hóspedes do Vaticano, sem contato com o mundo exterior. O cardeal alemão Walter Kasper, de 92 anos e fora do processo de votação, afirmou acreditar que será escolhido alguém que continue a linha progressista de Francisco.
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