Estado brasileiro se desculpa por perseguição a militante do PCdoB na ditadura militar

São Paulo, 29 – O Ministério dos Direitos Humanos publicou na edição de quinta-feira, 24, do Diário Oficial da União (DOU) uma portaria em que oficializa em nome do Estado brasileiro um pedido de “desculpas pela perseguição sofrida” por Dynéas Fernandes de Aguiar, militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) durante o período da ditadura militar.

O documento, assinado pela ministra Macaé Evaristo, também declara Dynéas um anistiado político post mortem, em resposta a pedido apresentado à Comissão de Anistia da pasta. Ele morreu em 2013, aos 81 anos, e foi velado na Câmara Municipal de São Paulo

Dynéas nasceu no bairro da Água Branca, na cidade de São Paulo, e fez parte do PCdoB desde os 18 anos, quando entrou para a União da Juventude Comunista (UJC) e passou a militar no movimento estudantil. Foi por duas vezes presidente da União Nacional dos Estudantes Secundaristas (Unes).

A biografia dele, escrita pelo historiador Augusto Buonicore, o descreve como um dos principais responsáveis pela reestruturação do PCdoB após o fim da ditadura. Trechos da obra constam no site do partido.

A campanha pela legalidade da sigla ocorreu sob sua direção como secretário nacional de Organização, cargo que ocupou ao retornar ao Brasil depois de passar períodos no Chile e na Argentina.

Estadão Conteúdo

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