SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – “Dor indescritível. Perda irreparável”, escreveu a cantora Alice Caymmi, 35, em suas redes sociais ao comentar a morte de sua tia, Nana Caymmi. Ícone da música popular brasileira, Nana morreu nesta quinta-feira (1º), aos 84 anos, após passar nove meses internada na UTI.
O relacionamento entre as duas é conhecido por momentos de tensão pública. Em entrevista à Folha de S.Paulo, em 2019, Nana comentou a carreira da sobrinha: “Ela tem uma ótima voz. Eu tinha muita esperança de que ela seguisse meu caminho. Achei que Alice ia dar mel, mas não deu”.
Na época, Alice reagiu com um desabafo nas redes sociais, onde refletiu sobre a pressão de pertencer à família Caymmi e os desafios de construir sua própria trajetória artística.
“Cantar não é, nem nunca foi, um peso pra mim -cantar me liberta. Mas a que custo consegui chegar até aqui? À custa de muita rejeição e, por vezes, violência. Violência que persiste e atinge até quem nada tem a ver com isso. Nunca pedi aprovação de ninguém, nunca pedi ajuda, nunca pedi um real, mas decido exigir respeito”, escreveu. “Não concordo, em nenhuma instância, com o que algumas pessoas que compartilham meu sangue pensam e fazem.”
Apesar dos conflitos, a relação entre Alice e Nana parecia ter se transformado nos últimos tempos.
Na última terça-feira (29), quando a tia completou 84 anos, Alice publicou uma homenagem.
“Vamos celebrar hoje a maior cantora do Brasil”, escreveu no Instagram. “Vamos discordar sem perder o amor e a reverência pela arte sublime de Nana. Eu me curvo diante de sua grandeza, tia. Eu te amo. Queria estar com você agora.”