A aliança entre o Partido Progressistas (PP), da vice-governadora Celina Leão, e o União Brasil, do deputado distrital Eduardo Pedrosa — oficializada ontem em cerimônia no Congresso Nacional —, pode mexer não apenas com o jogo de poder no âmbito nacional, e já atinge a disputa para a Câmara Legislativa.
Com a federação, as duas siglas passam a ter três deputados distritais, o próprio Pedrosa e os progressistas Pedro Paulo, o Pepa, e Daniel de Castro. Junto com eles, muitos outros nomes dividirão as urnas em 2026, o que causa otimismo e preocupação para aqueles que querem se reeleger.
Parece bom…
A princípio, os três aprovaram a decisão nacional, acreditando que o maior tempo de televisão e o aumento do fundo eleitoral poderá dar alguma vantagem a eles no próximo pleito. Mas, agora, terão que dividir entre si o número de candidaturas.
“Não acho que muda, mas ficamos fortalecidos. Com todo mundo junto, todos crescem e ganham, pois passamos a ter candidatos com maior potencial”, avaliou Pedrosa.
Daniel de Castro também aprovou, nacionalmente, a federação. “No fundo ela foi construída pensando em 2026. Pelo que estamos vendo [a federação] ela virá como vice-presidente. Será muito bom, pois teremos o maior fundo partidário, maior tempo de TV. Com esse tamanho, elegeremos cinco distritais”, prevê.
Pepa, por sua vez, acredita que a vice-governadora Celina Leão é quem ganhará vantagem eleitoral. “Isso reforça muito a candidatura para o governo. Os deputados precisam se fortalecer… Precisamos de um partido forte, pois partido fraco não elege ninguém.”
Parece ruim…
Ao todo, cada partido terá 25 nomes para serem indicados a distrital. Com a federação, PP e União precisarão dividir essas vagas entre si. Segundo Daniel de Castro, a prioridade dos deputados e dos partidos é reeleger os três parlamentares que estão na Câmara Legislativa, porém, os nomes vindos do outro lado podem prejudicar os parlamentares que tentaram permanecer na Casa, por conta do tamanho.
O distrital Pepa acredita que em eleições anteriores já teve, dentro do partido, “adversários” mais competitivos, como em 2018, mas afirma que não se preocupa. “Ainda temos que definir o comando da federação. Acredito no meu trabalho.”
Quem não demonstrou preocupação com o aumento de “concorrência à reeleição” foi o deputado Eduardo Pedrosa. “Não me preocupa. É difícil saber, pois ainda não defini a que vou concorrer. Posso ser candidato a distrital, mas ainda vou avaliar.”