Alívio de tarifas dos EUA no setor automotivo é ‘avanço’ para o México

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As novas medidas que aliviam as tarifas sobre a indústria automotiva anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, são um “avanço” para o México, disse a presidente Claudia Sheinbaum nesta quarta-feira (30).

O México é um dos países mais vulneráveis às tarifas de Trump, pois 80% de suas exportações vão para os Estados Unidos, seu maior parceiro comercial.

E o setor automotivo é de importância vital para o país, que abriga várias fábricas das principais montadoras do mundo, como a Ford e a General Motors, e é um grande fornecedor de autopeças.

Na terça-feira, Trump assinou uma ordem executiva limitando o impacto das tarifas sobre esse setor. Com as mudanças, a tarifa de 25% sobre um veículo importado não será adicionada aos 25% aplicados ao aço ou ao alumínio.

O governo americano também concedeu ao setor um período de carência de dois anos para transferir as cadeias de suprimentos para os Estados Unidos.

E para todos os veículos fabricados e vendidos nos EUA que usam peças importadas, os fabricantes que pagarem a tarifa de 25% poderão recuperar uma parte do dinheiro.

Sheinbaum disse que essas condições são melhores do que as de março e representam um “reconhecimento do valor do acordo comercial entre México, EUA e Canadá”.

A presidente reconheceu que seu governo não concorda com a política tarifária de Trump, mas disse que, em comparação com o resto do mundo, o México tem “vantagens competitivas”.

“Ainda temos um caminho a percorrer, mas estamos otimistas e continuamos o diálogo”, disse ela.

Nesta quarta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (Inegi) informou que a economia mexicana, a segunda maior da América Latina depois do Brasil, avançou 0,6% em relação ao ano anterior no primeiro trimestre.

Entretanto, as atividades industriais, que incluem as exportações de produtos manufaturados, caíram 1,4% em relação ao ano anterior.

Sheinbaum declarou em sua conferência que os dados são “uma boa notícia” frente à incerteza causada pela política comercial de Trump.

 

© Agence France-Presse

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