

Autor da CPI é o deputado federal Coronel Chrisostomo (PL-RO) – Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados/Divulgação/ND
A oposição conseguiu as 171 assinaturas necessárias para criar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que investigará a fraude no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Conhecida como “CPI do roubo dos aposentados”, o requerimento é do deputado federal Coronel Chrisostomo (PL-RO).
Segundo o deputado, o alto valor desviado — cerca de R$ 6,3 bilhões — coloca a fraude no INSS como importante para investigação entre parlamentares.
Chrisostomo celebrou ter conseguido as assinaturas necessárias. Para uma CPI ser instalada, é necessário o apoio de pelo menos um terço dos membros da Câmara dos Deputados. Após isso, são indicados os membros da comissão.
Entenda o caso da fraude no INSS
Em 23 de abril, uma operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) desmantelou um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões por parte de entidades conveniadas ao INSS. O valor do rombo das fraudes no INSS pode ultrapassar R$ 6 bilhões.
Em coletiva, o ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Vinícius Carvalho, detalhou que as associações ofereciam serviços como descontos em academias e planos de saúde, sem ter estrutura para o fornecimento.
A fraude no INSS teria ocorrido entre 2019 e 2024, período em que as entidades teriam falsificado assinaturas de beneficiários do INSS.
Na terça (29), o ministro da Previdência, Carlos Lupi, esteve na Câmara para falar sobre a investigação que apura a fraude no INSS. Em sua fala, ele admitiu que houve demora na apuração sobre a fraude e que a prática ocorre há anos no INSS.
“A Previdência Social tem problemas de fraude há muitos anos. Não é de hoje, há muitos anos. Coibir essa fraude é uma tarefa muito difícil, porque como já falei, não é uma estrutura micro, como você pode assinar um papel e resolver”, afirmou.