As atrizes Danielle Winits e Giovanna Antonelli são duas personalidades famosas que já utilizaram a técnica face lifting para rejuvenescer o rosto. Segundo o médico Luciano Machado (CRM-TO 2081), especialista em cirurgia facial, trata-se de um procedimento cirúrgico que tem como objetivo a sustentação e o reposicionamento das estruturas do rosto. Ele explica que o passar do tempo faz a face sofrer com os efeitos da flacidez e da gravidade, o que leva à queda e à migração das estruturas faciais, conferindo um aspecto de rosto caído e pesado, com perda da definição natural.

As atrizes Danielle Winits e Giovanna Antonelli – Foto divulgação
A indicação do face lifting varia de pessoa para pessoa, dependendo do grau de queda e das áreas mais acometidas. Geralmente, as regiões afetadas são o terço inferior da face (pescoço e papada); terço médio (bochechas, onde se formam o bigode chinês e a linha de marionete) e terço superior (supercílios e sobrancelhas, que caem e conferem um olhar mais pesado).
O especialista lembra que o lifting é altamente personalizado, adaptando-se à necessidade individual de cada paciente. O médico conta que a técnica mais atual e avançada é o face lifting deep plane, que oferece resultados mais duradouros e naturais. Diferente das técnicas antigas, que puxavam apenas a pele, o deep plane atua em camadas mais profundas — como as inserções musculares e gordura — proporcionando um rejuvenescimento autêntico e sem aparência artificial. “O procedimento é indicado para pacientes que já apresentam sinais visíveis de flacidez facial, como perda de contorno, sulcos profundos, excesso de pele na papada ou queda do supercílio. Muitos desses pacientes já tentaram procedimentos não cirúrgicos (como bioestimuladores, fios, lasers ou harmonização facial) e não têm mais resposta satisfatória. Nesses casos, o lifting cirúrgico passa a ser a melhor indicação”, pontua.

Dr. Luciano Machado – Foto divulgação
Procedimento seguro
Luciano afirma que a cirurgia é segura, e as estruturas trabalhadas envolvem camadas mais superficiais (pele, gordura e músculos). Entretanto, o especialista enfatiza que o procedimento deve ser realizado por um profissional capacitado, com experiência comprovada e em ambiente hospitalar apropriado. “A cirurgia deve seguir os protocolos padrões que incluem anestesia geral, presença de anestesista e equipamentos adequados. Como qualquer cirurgia, há riscos, mas são amenizados com os cuidados corretos”, aponta.
Benefícios
— Reposicionamento das estruturas faciais caídas ao seu local original.
— Recuperação dos contornos da mandíbula e da papada.
— Reposição de volume na maçã do rosto (região malar), trazendo jovialidade.
— Atenuação de linhas de sombra, como bigode chinês e linhas de marionete.
— Redução da sensação de peso nas bochechas.
— Aspecto mais leve, rejuvenescido e natural da face.
— Resultado natural, especialmente com a técnica deep plane, eliminando a aparência de rosto repuxado ou artificial.
Contraindicações
O médico comenta que as contraindicações podem estar relacionadas a dois fatores principais:
Falta de indicação clínica: pacientes com flacidez muito leve ainda não são candidatos ideais e devem iniciar com tratamentos não cirúrgicos.
Condições de saúde específicas: doenças autoimunes, distúrbios de cicatrização devem ser avaliados caso a caso. Não são contraindicações absolutas, mas exigem cuidado e ponderação sobre o custo-benefício do procedimento.
Percepção do resultado
O paciente começa a notar os resultados já nos primeiros 30 dias, com grande redução do inchaço e melhora visível na sustentação facial. Porém, o resultado definitivo costuma ser mais evidente por volta de 90 dias, quando o inchaço reduziu quase completamente; as cicatrizes estão mais discretas e o rosto está mais bem definido. “Com 30 dias, o paciente já pode usar maquiagem, ir a eventos e ouvir comentários positivos sobre a mudança, mesmo que o processo de cicatrização ainda esteja em curso”, destaca o médico.
Pós-operatório
De acordo com o especialista, o paciente deve evitar esforços e atividades intensas nesse período. Além disso, o pós-operatório exige disciplina e cuidados, como:
Faixa elástica: usada por 18 dias, ajuda a modelar os tecidos e evitar complicações como seroma ou fibrose.
Primeira semana: repouso, evitando sair de casa.
Segunda semana: maior liberdade (pode dirigir e trabalhar, com cautela).
Terceira semana: retirada dos pontos e liberação para atividades físicas e vida normal. “Apesar da retirada dos pontos, a cicatrização ainda está em andamento. Por isso, os retornos de 30, 60 e 90 dias são importantes para monitorar o processo e evitar complicações estéticas, como queloide ou fibrose. Após 90 dias, normalmente já se pode fazer a comparação com fotos de antes e depois com um resultado mais completo”, salienta.