EDUARDO SODRÉ
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
Um navio com 7.000 carros da montadora BYD partiu nesta segunda (28) do porto de Taicang, na província de Jiangsu, rumo ao Brasil.
Segundo informações da mídia estatal chinesa, a embarcação deve levar um mês até chegar ao porto de Itajaí (SC).
Se o cronograma seguir como o previsto, os automóveis eletrificados irão desembarcar antes de a nova etapa de recomposição do Imposto de Importação para modelos desse tipo entrar em vigor.
Pelo calendário definido, para os veículos BEV (100% elétricos), a tarifa atingirá 25% em julho. A etapa seguinte ocorre em julho de 2026, quando retornará aos mesmos 35% dos modelos a combustão.
Para os modelos MHEV (híbridos leves) ou HEV (híbridos plenos), a alíquota passará a 30% em julho, até atingir os 35% no mesmo mês de 2026. No caso dos híbridos plug-in, o escalonamento é de 28% e 35%.
A chegada dessa nova leva de modelos da BYD deve fazer as entidades do setor aumentarem os pedidos para recomposição imediata do tributo. No dia 16, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), disse que o governo está avaliando o pleito da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.
Com uma infraestrutura própria de transporte marítimo, a montadora chinesa tem acelerado a importação. Há dois meses, um navio com 5.524 carros da empresa chegou ao Portocel, em Aracruz (ES).
De acordo com levantamento da Anfavea, janeiro terminou com 42,8 mil veículos eletrificados chineses à espera de clientes em portos e pátios de concessionárias. A entidade estima que a maior parte é composta por veículos BYD.
Procurada, a montadora chinesa disse que ainda não há uma data certa para o desembarque dos carros no porto brasileiro.