Diretor-geral do CNPEM recebe Prêmio Almirante Álvaro Alberto 2025

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O diretor-geral do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Antônio José Roque da Silva, foi anunciado vencedor do Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia 2025. O físico é coordenador do projeto Sirius – um dos mais modernos aceleradores de partículas do mundo.

A premiação é concedida pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O prêmio é um dos mais importantes da ciência no Brasil, sendo direcionado aos pesquisadores e cientistas brasileiros que tenham se destacado pela realização de obra científica ou tecnológica.

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José Roque esteve à frente dos esforços para desenvolvimento do Sirius, acelerador de partículas operado pelo CNPEM. Foto: Rafael Defavari

 

A cerimônia de entrega do prêmio este ano acontecerá no dia 8 de maio, na Escola Naval, no Rio de Janeiro. Roque receberá como premiação diploma, medalha e importância em dinheiro no valor de R$ 200 mil, concedidos pelo CNPq.

Ao longo dos últimos 15 anos, José Roque esteve à frente dos esforços para concepção e desenvolvimento do Sirius, o maior e mais avançado equipamento científico construído no Brasil. Localizado no campus do CNPEM, em Campinas (SP), Sirius é uma fonte de luz síncrotron que tem em seu núcleo um acelerador de partículas de última geração, que colocou o país na linha de frente mundial nesta área.

“O Sirius é a materialização do que a ciência brasileira é capaz de fazer quando há visão de longo prazo, investimento adequado e valorização do conhecimento. É um exemplo concreto da capacidade técnica e intelectual que temos no Brasil, algo que precisa ser mostrado com orgulho para a sociedade”, disse Roque.

À frente da diretoria geral do CNPEM desde 2018, ele atualmente coordena também a implantação do Projeto Orion. Este projeto é o novo complexo laboratorial para o estudo e pesquisas avançadas em patógenos e ameaças biológicas emergentes. O Orion será essencial para a soberania científica do Brasil diante de epidemias futuras e um marco para o avanço do conhecimento sobre doenças infecciosas.

Após o anúncio, o diretor-geral dividiu a homenagem com todos os integrantes do CNPEM. “Minha carreira é parecida com a de muitos pesquisadores brasileiros. Iniciei com uma bolsa, fiz parte da minha formação no exterior, fui professor universitário e, desde então, trabalho para retribuir tudo o que recebi. A ciência é um esforço coletivo. Tudo o que fizemos no CNPEM só foi possível com a dedicação de milhares de pessoas. Por isso, esse prêmio também pertence a elas.”

Ele também agradeceu aos professores, colegas e à família, que o apoiou em sua trajetória, destacando que o prêmio reforça o compromisso de continuar contribuindo para uma ciência cada vez mais conectada com o país e as necessidades do nosso tempo.

José Roque ainda destacou a importância de todos os setores da sociedade na defesa da ciência. “É uma grande honra. Ao homenagear o Almirante Álvaro Alberto, o prêmio ressalta a importância de pessoas que, mesmo fora da comunidade científica, compreenderam e defenderam a ciência como pilar para o desenvolvimento do país. Esse é um simbolismo poderoso e atual, num momento em que precisamos ampliar o diálogo com a sociedade e reforçar a confiança na ciência brasileira.”

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