BC pede estimativas de impacto da guerra comercial no IPCA no Questionário Pré-Copom

banco central

Brasília, 25 – O Banco Central pediu estimativas sobre o impacto líquido que a guerra comercial terá sobre a inflação brasileira no Questionário Pré-Copom (QPC). A próxima reunião do colegiado ocorre nos dias 6 e 7 de maio, daqui a menos de duas semanas.

O questionamento traz três opções de múltipla escolha: “inflacionário”, “neutro” e “desinflacionário”. “Considere o horizonte relevante para a política monetária, o cenário e os desdobramentos que você avalia como mais prováveis”, orienta o BC.

A autarquia solicitou também projeções de impacto da guerra comercial no Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, China e Brasil, em 2025 e 2026. As estimativas devem ser divididas entre o impacto total estimado, e o que já foi incorporado às projeções.

Na seção de IPCA, o BC pede projeções para o índice cheio e seus componentes em 2025 e 2026, além da média dos núcleos, da taxa de câmbio, da cotação do petróleo Brent e da Selic no fim do período usados nas estimativas.

A autarquia ainda solicita que os economistas expliquem o viés preponderante nos seus cenários para o IPCA deste ano e do próximo. Também para 2025 e 2026, pedem os principais riscos observados, além do detalhamento sobre se seriam inflacionários ou desinflacionários, da sua probabilidade de concretização e do seu impacto.

Como de costume, o BC pede que os economistas detalhem o que acham que o Copom vai fazer nas três próximas reuniões – de maio, junho e julho -, e o que acham que o colegiado deveria fazer. Também pedem que os analistas digam o que acham que será comunicado pelo comitê, e em que pontos discordam da comunicação esperada.

O BC ainda pede projeções de crescimento do PIB do primeiro e segundo trimestres, e de 2025 e 2026, além do viés preponderante nas estimativas anuais, e para variáveis do mercado de trabalho, como criação de vagas líquidas no Caged e taxa de desemprego, para este ano.

Também pede projeções para variáveis fiscais como o resultado primário do governo central e a dívida bruta em 2025 e 2026, além da avaliação sobre se o cenário fiscal melhorou ou piorou desde o último Copom.

No cenário externo, a autarquia voltou a pedir projeções de crescimento e inflação de China, Estados Unidos e área do euro para 2025 e 2026, além de uma avaliação sobre se o exterior se tornou menos favorável ou mais favorável desde o último Copom. Também solicitou projeções para juros dos EUA este ano e no próximo.

Estadão Conteúdo

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