O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello foi preso nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (25), em Maceió (AL), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ordem judicial, expedida na noite anterior, prevê o início imediato do cumprimento da pena de 8 anos e 10 meses a que Collor foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo nota divulgada pela defesa, a prisão ocorreu por volta das 4h, quando o ex-presidente deixava sua residência rumo a Brasília, onde pretendia se apresentar voluntariamente à Justiça. Apesar da iniciativa, ele foi abordado e detido antes do embarque, sendo conduzido à Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana, onde permanece custodiado.
A condenação de Collor foi confirmada em maio de 2023 no âmbito de um processo ligado à operação Lava Jato. De acordo com o Ministério Público Federal, o ex-senador teria recebido propina de uma empreiteira em troca de facilitar contratos com a BR Distribuidora, estatal ligada à Petrobras. Os fatos investigados dizem respeito ao período em que Collor ocupava uma cadeira no Senado Federal, representando o estado de Alagoas. Seu mandato se encerrou em janeiro de 2023.
Apesar da execução imediata da pena, a decisão de Moraes ainda será submetida ao plenário virtual do STF nesta sexta-feira, em sessão que avaliará a manutenção da ordem. No entanto, como já houve decisão monocrática, a prisão tem efeito imediato.
Com a prisão de Fernando Collor, mais um capítulo da extensa operação Lava Jato ganha desfecho, envolvendo uma das figuras mais emblemáticas da política brasileira. Presidente entre 1990 e 1992, Collor foi o primeiro chefe do Executivo a sofrer impeachment na história do país.
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