Gestão Tarcísio e governo Lula iniciam diálogo para impedir reocupação do Moinho
CLAYTON CASTELANI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) diz ter avançado no diálogo com o governo do presidente Lula (PT) para impedir a reocupação dos imóveis de famílias que estão deixando suas casas na favela do Moinho, na região central de São Paulo.
Após uma nota técnica da SPU (Secretaria do Patrimônio da União) ter desautorizado demolições na comunidade, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação de São Paulo, Marcelo Cardinale Branco, cobrou uma solução para que as unidades não sejam reocupadas.
O estado diz ter informações de que o crime organizado estaria pressionando moradores a impedir até mesmo a descaracterização dos imóveis -tirar portas e telhados, por exemplo.
Na última terça-feira (22), a União prometeu encontrar uma solução técnica para autorizar a inviabilização dos imóveis. A resposta ainda não foi dada. Em outra frente, o secretário Branco iniciou um diálogo com o ministro das Cidades, Jader Filho, para o governo Lula participar do projeto.
Branco propõe partilhar com a União o valor do subsídio. Ele alega que o estado já entra com cerca de R$ 150 mil por unidade, a fundo perdido, e pede que a União aporte R$ 100 mil. Isso permitiria a gratuita das unidades para as famílias mais vulneráveis, com renda de um salário mínimo ou menos.
Branco e Jader conversaram na tarde de terça, por telefone, após o início das primeiras remoções.
O ministro teria dito ao secretário que concorda com uma parceria e que colocaria a equipe técnica do ministério para trabalhar nisso.