BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS)
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) apreendeu uma jaguatirica que vivia em uma fazenda no município de Uruará, no Pará.
Segundo o órgão, o felino vivia ilegalmente em cativeiro e a atuação ocorreu após uma denúncia de que a fazendeira estava utilizando a imagem do animal em redes sociais para fins de monetização.
A mulher acumula mais de 470 mil seguidores em apenas duas redes sociais. Procurada, Luciene Candido, influenciadora responsável pelas páginas, não retornou às tentativas de contato. No Instagram, ela escreveu em uma postagem “Ela era livre”.
A influenciadora foi multada em R$ 10 mil com base na lei de crimes ambientais, que proíbe a posse em cativeiro e a exploração de animais silvestres sem autorização legal, e notificada a excluir as imagens das redes sociais, com multa em caso de descumprimento.
De acordo com o Ibama, a jaguatirica aparece nos vídeos em condições impróprias para um animal silvestre, como no colo da influenciadora e interagindo com outros animais.
Agentes do órgão constataram que os cães da fazenda apresentavam sinais de leishmaniose, doença que pode ser transmitida a felinos e humanos, com risco de morte.
A jaguatirica foi encaminhada a um Centro de Triagem de Animais Silvestres, onde foi constatado um quadro de desnutrição, problemas na pelagem, parasitas e perda dos caninos do lado esquerdo.
A coordenadora de Conservação da Fauna do Ibama, Juliana Junqueira, disse que a dieta inadequada e a exposição frequente a animais domésticos comprometeram a saúde do felino. Ele passará por protocolo de reabilitação para ser reintroduzido à natureza.