EUA destrói porto de combustível usado por rebeldes huthis no Iêmen

yemen us israel palestinian conflict protest

O exército dos Estados Unidos disse nesta quinta-feira (17) que destruiu o porto de combustível de Ras Issa no Iêmen, como parte da ofensiva contra os rebeldes huthis, que reportaram 20 mortos após o ataque.

A destruição da instalação, localizada na costa oeste sobre o Mar Vermelho, tinha como objetivo cortar uma fonte de fornecimento de combustível e de financiamento do grupo pró-Irã.

Washington realiza ataques aéreos quase diariamente desde 15 de março para tentar acabar com a ofensiva que os huthis realizam contra navios civis e militares nessas águas cruciais para o comércio mundial.

Os rebeldes começaram seus ataques no final de 2023, em apoio aos palestinos da Faixa de Gaza em meio à guerra do movimento islamista Hamas e Israel.

“As forças americanas tomaram medidas para eliminar esta fonte de combustível para os terroristas huthis apoiados pelo Irã e privá-los das receitas ilegais que financiaram os esforços huthis para aterrorizar toda a região durante mais de 10 anos”, disse o Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) em um comunicado.

“O objetivo destes ataques era enfraquecer a fonte de poder econômico dos huthis”, informaram os militares.

Os navios “continuaram fornecendo combustível através do porto de Ras Issa” apesar de Washington ter designado os rebeldes como uma “organização terrorista estrangeira” no início deste ano, acrescentou o Centcom, sem especificar a fonte do combustível.

O porta-voz do Ministério da Saúde huthi, Anees Alasbahi, garantiu que “o balanço de vítimas do ataque americano contra o porto petrolífero de Ras Issa se eleva agora a 20 mortos”. Há também “50 feridos”.

A ofensiva dos huthis impediu a passagem dos navios pelo canal de Suez, por onde normalmente transita 12% do tráfico marítimo mundial.

Muitas empresas se viram obrigadas a fazer desvios caros rodeando o extremo sul da África.

Os Estados Unidos começaram a ofensiva contra os huthis sob o governo de Joe Biden. O presidente Donald Trump prometeu continuar a ação militar até que os rebeldes deixem de ser uma ameaça para o transporte marítimo.

© Agence France-Presse

Adicionar aos favoritos o Link permanente.