Após a vitória por 4 a 0 contra o Athletic-MG, em partida válida pela Série B do Campeonato Brasileiro, o técnico do Criciúma, Zé Ricardo, concedeu uma entrevista coletiva onde analisou a atuação da equipe e comentou sobre a pressão que vinha sofrendo após duas derrotas consecutivas.
“A convicção é a mesma que a gente tem desde o início do trabalho. A primeira delas é que a gente tem um elenco de profissionais muito comprometido com a causa e que o que a gente vê no dia a dia é que a competitividade cada vez aumenta mais entre eles, a responsabilidade, as cobranças”, afirmou Zé Ricardo, logo no início da coletiva.
O treinador reconheceu que o Criciúma gostaria de ter tido um início melhor na competição, mas destacou a importância da vitória: “Logicamente que a gente gostaria de estar falando de um início melhor do que nós tivemos nas duas primeiras partidas. Talvez tenhamos produzido, principalmente na primeira partida, bastante para chegarmos hoje já com alguma pontuação estabelecida. Mas o futebol tem essas nuances. Era importante o resultado hoje”, explicou.
A expulsão do adversário e a defesa do esquema tático
Zé Ricardo também comentou sobre a expulsão de Adriel, goleiro do Athletic-MG, que aconteceu durante a partida e que facilitou o resultado. “Logicamente que a questão numérica a partir da expulsão do Adriel nos facilitou, mas a gente já vinha com a vantagem lá e com isso certamente uma tranquilidade maior”, explicou.
O técnico foi questionado sobre as críticas ao esquema com três atacantes, utilizado nas primeiras partidas, e defendeu sua abordagem: “Você imagina se a gente for mudar a nossa maneira de pensar ou a nossa maneira de trabalhar por causa da crítica que a gente sofre. E a gente entende a crítica, o torcedor é passional, a gente sabe que o torcedor vem de um momento difícil ainda do ano passado, uma eliminação precoce também no Campeonato Catarinense, mas o nosso dia a dia mostra que os jogadores estão cada vez mais buscando crescimento, buscando uma cobrança que é importantíssima”, destacou Zé Ricardo.
Zé Ricardo pede paciência com a torcida e o desejo de um Heriberto Hülse lotado
O treinador pediu paciência à torcida e ressaltou o desejo de ver o Estádio Heriberto Hülse cheio. “Cada vez mais a gente quer ver o Majestoso cheio, pulsando. Esse é um desejo meu, pessoal, quando cheguei aqui, de ver novamente o Heriberto Hülse lotado, todo mundo empurrando, a nossa torcida está sempre aqui presente. E a gente só vai conseguir fazer isso, trazer o torcedor de volta, se a gente tiver uma sequência. E se a gente passar o sentimento para o torcedor de se sentir representado dentro do campo, independente do esquema, da maneira como se joga”, afirmou.
Técnico elogia Jhonatha Robert e a situação dos goleiros
Zé Ricardo também elogiou a atuação de Jhonatha Robert, autor de um dos gols da vitória. “A gente vem cobrando muito do Jhonatha, porque ele é um jogador extremamente alegre no dia-a-dia. E em alguns momentos a gente cobrava um pouco mais dele de concentração, porque dispersa muito rápido no jogo, no treinamento”, revelou o treinador. Ele também destacou que o gol foi importante para a confiança do jogador.
Sobre a situação dos goleiros, Zé Ricardo explicou a concorrência na posição. “O Kauã teve a oportunidade dele, não vejo motivo de fazer as alterações, ele não me deu motivo para isso, talvez o principal motivo seria a falta de experiência. Mas assim como você começou na rádio, na TV e tal, um dia sem experiência, você ganhou fazendo”, comparou o técnico.
Filosofia de trabalho de Zé Ricardo e os novos reforços
Zé Ricardo falou sobre sua filosofia de trabalho, especialmente a respeito de esquemas táticos. “Gosto muito de trabalhar nas duas experiências que tive fora do país. Tive uma realidade bem instigante de ver equipes jogando, equipes fortes, jogando com esquemas diferentes de partidas para partidas e comecei a entender que o comportamento que a gente pede dos atletas é muito mais importante do que as peças que a gente coloca, aonde coloca, com três, com quatro, com cinco”, explicou.
Ele também comentou sobre a situação do jogador Fellipe Mateus, que está se recuperando de dores. “O Fellipe é um grande guerreiro, um jogador referência para a gente, a parte técnica, a parte de liderança do clube. Apesar de ser uma liderança tranquila, uma liderança que fala pouco, mas quando fala, todo mundo escuta. Ele vem apresentando algumas queixas, e sempre num sacrifício muito grande. E a gente, junto com o departamento médico, junto com a comissão técnica, e junto com o atleta principalmente, definiu que íamos tentar zerar essa dor primeiro, para que depois ele voltasse a uma condição que todos nós aqui, comissão técnica, torcida, vocês conhecem e esperam do Fellipe Mateus”, afirmou.
Zé Ricardo projetou a sequência de jogos e a utilização dos novos reforços, destacando a importância de ter um elenco forte na disputa da Série B: “A gente vai precisar, num campeonato tão difícil, tão disputado, ter um grupo um pouco mais pronto, mais cheio, no sentido de algumas carências que nós realmente tínhamos”, explicou.
Jhonatha Robert e a cobrança por regularidade
O técnico finalizou a coletiva cobrando mais regularidade e concentração de Jhonatha Robert. “Tomara que esse gol dele, para ele realmente, dê não só a motivação do gol, de ter ajudado a gente com a vitória, mas que realmente a conscientização, porque ele já não é mais um menino, já é um jogador com 25 para 26 anos, então ele tem que realmente dar o start, para que ele possa dar o up na carreira dele. Tem todas as ferramentas para poder fazer isso”, concluiu Zé Ricardo.
Criciúma “vira chave” e vence na Série B com goleada
The post “A convicção é a mesma”, diz Zé Ricardo após goleada appeared first on SCTODODIA.