Equilíbrio Emocional na Páscoa: Como evitar a compulsão alimentar

Após o feriado, é importante evitar extremos como jejuns prolongados ou dietas restritivas (Foto Divulgação)

A Páscoa é tradicionalmente um momento de celebração, união familiar e renovação espiritual. No entanto, para muitas pessoas, também pode se tornar um período de excessos alimentares e sentimentos de culpa associados ao consumo descontrolado, especialmente de doces como o chocolate. A compulsão alimentar em datas festivas é uma realidade comum, impulsionada não apenas pela fartura à mesa, mas também por fatores emocionais.

A pressão para participar de eventos sociais, manter tradições alimentares e lidar com possíveis gatilhos emocionais pode levar a um comportamento impulsivo diante da comida. O problema não está no ato de comer um ovo de Páscoa ou se permitir pratos típicos, mas na relação desequilibrada com o alimento, que muitas vezes vem acompanhada de sentimentos de ansiedade e autocrítica.

Para lidar com essa questão, estratégias práticas podem ser adotadas antes, durante e após os momentos de confraternização. O primeiro passo é desenvolver consciência alimentar. Prestar atenção aos sinais do corpo, como fome e saciedade, ajuda a evitar o consumo automático. Comer devagar, longe de distrações como celulares e televisão, favorece a conexão com o momento presente e com o próprio corpo.

Outra ferramenta eficaz é o planejamento das refeições. Antecipar o cardápio dos dias festivos e incluir alimentos nutritivos, além das opções mais indulgentes, contribui para um equilíbrio maior. Ter horários definidos para as refeições também reduz a chance de beliscar constantemente ao longo do dia.


Técnicas contra a ansiedade

Para quem lida com a ansiedade, técnicas simples de respiração consciente podem funcionar como âncoras. Inspirar profundamente por alguns segundos, segurar o ar e depois expirar de forma lenta ajuda a desacelerar o ritmo interno e a diminuir o impulso de recorrer à comida como alívio emocional.

Após o feriado, é importante evitar extremos como jejuns prolongados ou dietas restritivas como forma de “compensar” os excessos. A culpa só reforça o ciclo da compulsão. A retomada de hábitos saudáveis deve acontecer de forma gradual, com foco no bem-estar geral, e não em punições.

Cultivar um relacionamento mais leve com a comida é essencial não só na Páscoa, mas ao longo de todo o ano. Celebrar com equilíbrio, respeitando o próprio corpo e emoções, é um caminho possível – e necessário – para quem busca saúde física e mental duradoura.

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