Cantor mineiro que viaja o país com projeto “Cantigas de Roda”, visita escolas em Roraima

Há 30 anos o professor e artista de Belo Horizonte (MG), Pedro Pierre, visita escolas de diferentes cidades, resgatando a cultura das antigas Cantigas de Roda. Seu trabalho marcado pela simplicidade, tem como propósito trabalhar a coletividade. Em sua segunda passagem em Roraima, o artista já visitou quatro escolas da capital.

A Escola Estadual Antônio Ferreira de Souza, no bairro Jardim Floresta, foi o local escolhido desta vez. Nesta quarta-feira (16), alunos e professores prestigiaram e participaram das Cantigas de Roda, em momento descontraído abordando histórias e música.

Em sua passagem por Roraima, Pierre reforça que o propósito vai além da música: trata-se de educação, de identidade e de pertencimento.

“Trazer este projeto para Boa Vista é importante para mim como pessoa e profissional, pois acaba sendo uma válvula escape emocional para todos os envolvidos. É gratificante saber que mesmo com as mudanças tecnológicas e de aprendizagem, as crianças ainda sim se interessam por atividades lúdicas e artísticas, por isso a ideia de levar às cantigas até elas”, enfatizou.

A diretora da instituição de ensino, Asleide Nunes, destacou a importância da ação nos ambientes educacionais, principalmente se inseridos na questão cultural, preservando os hábitos infantis na escola.

“A importância de se resgatar a cantiga de roda numa instituição escolar é de suma importância, uma vez que hoje nós vimos que os nossos alunos estão muito voltados para a tecnologia. Isso é importante no nosso país, Estado e dentro da escola, é assim que vem esse resgate”, disse a gestora.

Projeto “Cantigas de Roda”

Formado em Artes com habilitação em Música pela Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), o artista iniciou o projeto em 1995, de forma voluntária com suporte de ONGs (Organização Não Governamental). Enquanto dava aulas de arte em sua cidade natal, Pierre sentiu que as crianças estavam sendo fortemente influenciadas por músicas com conteúdos sexualizados.

“As crianças estavam já cantando umas coisas diferentes, começando a provocação da sexualidade. Esse foi o disparador do meu projeto. Hoje estou em um lugar, na semana passada eu estava em São Paulo. É assim, desse jeito. Um trabalho efêmero, mas que deixa marca.”, conta.

Apesar de ter começado em Belo Horizonte, sua atuação se espalhou graças à força do propósito e vontade. “Meu trabalho é totalmente voluntário. Não tem custo nenhum, nem logística aérea. É uma luta, uma resistência artística de muitos anos”, finalizou.

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