Carina Alves participa em Brasília de cerimônia histórica para comunidades indígenas no CNJ

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A presidente do Instituto Incluir, Carina Alves, esteve em Brasília na última semana para uma agenda repleta de compromissos institucionais voltados às pautas de inclusão e educação. O ponto alto de sua visita foi a participação na cerimônia realizada na sede do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que marcou a entrega simbólica das novas certidões de registro civil a lideranças indígenas.

Durante o evento histórico, ela testemunhou um momento significativo para os povos originários do Brasil: a implementação do marco legal indígena, resolução conjunta do Ministério dos Povos Indígenas, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), CNJ e Conselho Nacional do Ministério Público. A nova legislação permite o registro civil de indígenas de acordo com sua autodeterminação. “Como alguém que defende intransigentemente a inclusão e a diversidade, imaginem meu orgulho diante desta quebra de paradigma!”, declarou Carina Alves, visivelmente emocionada.

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Sônia Guajajara, Ministra dos Povos Originários, e Carina Alves.

Entre os homenageados estava Daniel Munduruku, parceiro de Carina, que agora poderá utilizar oficialmente seu nome indígena em seu RG. A importância do evento foi ressaltada pela presença de figuras de destaque nacional, como a Ministra dos Povos Originários, Sônia Guajajara, e o Ministro Luis Roberto Barroso, Presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça.

Parcerias fortalecidas em prol da educação inclusiva

Durante sua estada na capital federal, a doutora em educação e primeira brasileira premiada pela UNESCO com o Prêmio Confúcio de Alfabetização aproveitou para fortalecer parcerias institucionais.
Na sede da UNESCO Brasil, Carina foi recebida por Maria Rebeca Otero Gomes, Coordenadora de Educação na agência da ONU. O encontro serviu para discutir a ampliação da parceria entre o Instituto Incluir e a UNESCO, com foco em projetos de formação de professores e eventos voltados ao debate educacional.

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Joenia Wapichana, Presidente da Funai, e Carina Alves.

“Como a primeira brasileira laureada na categoria alfabetização, sempre sou bem acolhida no escritório da UNESCO. Conversamos sobre novas iniciativas que podem transformar a realidade educacional brasileira”, relatou a educadora.

Após o evento no CNJ, Carina e Daniel Munduruku ampliaram as parcerias entre o Instituto Incluir e o Instituto Uka – Casa dos Saberes Ancestrais, reforçando o compromisso com a valorização dos conhecimentos dos povos originários.

Literatura indígena e representatividade

Durante sua agenda em Brasília, Carina Alves também apresentou à Ministra Sônia Guajajara e à presidente da FUNAI, Joenia Wapichana, o livro “A menina potiguara”, obra que escreveu para a série Literatura Acessível, inspirada em suas vivências junto à população da etnia potiguara de Baía da Traição, na Paraíba, com prefácio da atriz e ativista Dira Paes.

Além disso, a educadora participou da abertura da Exposição Terenoé, dedicada aos povos Terena, na Biblioteca Demonstrativa Maria da Conceição Moreira Salles. O Instituto Incluir é responsável pela gestão da programação cultural deste espaço em parceria com o Ministério da Cultura (MinC).

Carina também revelou uma novidade literária durante sua passagem por Brasília: seu novo livro “A Fábrica de Afetos” contará com prefácio assinado por Daniel Munduruku, consolidando ainda mais esta parceria em prol da educação inclusiva e da valorização da diversidade cultural brasileira.
“Essa semana em Brasília foi extremamente produtiva. Cada encontro, cada conversa reforça nosso compromisso com uma educação verdadeiramente inclusiva, que reconheça e celebre a diversidade do povo brasileiro”, concluiu Carina Alves.

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