Modelos por um dia: bebês atendidos no HRC ganham ensaio fotográfico de Páscoa

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A primeira Páscoa do pequeno Gabriel Carneiro, de apenas 4 meses, vai ter um sabor especial. Prematuro, o bebê ganhou uma sessão fotográfica com coelhinhos e ovos de pelúcia. Feitos na casa do paciente, os cliques e a produção são resultado do empenho de uma equipe dedicada: o Núcleo Regional de Atenção Domiciliar (Nrad), no Hospital Regional de Ceilândia (HRC).

Gabriel nasceu em novembro de 2024, em um parto prematuro de apenas 25 semanas, e recebeu alta em março deste ano. Desde então, a equipe do Nrad do HRC tem acompanhado a família, uma vez que bebê ainda ainda utiliza oxigênio complementar.  

“Eu digo que ele nasceu na ‘ligeireza’. Tive um dia normal, andei no shopping e, de madrugada, passei mal. Quando amanheceu, fui até a Unidade Básica de Saúde [UBS], onde me falaram que eu estava em trabalho de parto. Cheguei no Hmib [Hospital Materno Infantil de Brasília] às 12h. Às 12h55 ele já havia nascido”, lembra a mãe, Michele Carneiro da Silva, 42. 

Ao ver o filho em casa, rodeado pelas figuras em pelúcia, Michele se emociona: “Desde o momento em que ele nasceu, temos lutado muito. Mas, hoje, enxergo uma vitória e fico babando nele.”

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Vínculo afetivo

Realizados sempre em datas comemorativas, os ensaios fotográficos viraram tradição. Para as mães, o projeto pode significar mais que uma recordação: é um vínculo que se fortalece, ao reduzir a distância que o cuidado especializado, muitas vezes, traz. 

“Quando o bebê nasce e ele não é a representação do que a mãe idealizou, isso pode atrapalhar na vinculação entre os dois. Portanto, os ensaios desempenham um papel importante na redução  do distanciamento entre o bebê ideal e o bebê real. As fotos conseguem remeter, um pouco, a imagem da criança que a mãe imaginou”, explica a terapeuta ocupacional da equipe do Nrad do HRC, Mariana Fialho. 

Esse vínculo entre mãe e filho é, segundo a terapeuta, fundamental para a continuidade do tratamento, pois reduz riscos de problemas na saúde mental materna. “Buscamos trazer essa aproximação para que a mãe se vincule com o bebê que está na sua frente, sem deixar se levar por aquele que ela idealizou, vivenciando apenas o luto das coisas que esse bebê passou ou pode vir a passar”, complementa Fialho. 

Ao lado de Heitor, de 11 meses, está Ingrid Mariana Miranda dos Santos, 23. De olhos fixos no filho com orelhas de coelho, ela se desmancha: “Ele está tão lindo!”, diz, sorrindo. Heitor nasceu natimorto e foi reanimado no centro cirúrgico. “Hoje, enfrentamos as sequelas resultantes do tempo que ele ficou sem oxigênio. Depois de um mês, meu filho teve alta. Desde então, somos acompanhados pela Atenção Domiciliar do HRC”, conta Ingrid. 

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Como ter assistência domiciliar

O serviço desempenhado pelo Nrad é oferecido a pacientes que recebem alta da internação hospitalar, mas permanecem acamados, necessitando do uso de algum dispositivo – sondas de alimentação, oxigênio, traqueostomia. O intuito é dar continuidade ao cuidado por meio de uma equipe multiprofissional composta por enfermeiros, técnico de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros.

Os núcleos de assistência domiciliar estão disponíveis em todos os hospitais regionais da Secretaria de Saúde (SES-DF). Para ser atendido, é preciso que o paciente esteja totalmente acamado e que faça uso de algum dispositivo ou possua úlcera por pressão (escara).

O usuário é encaminhado pela “Gestão de Leitos” do respectivo hospital, no caso dos pacientes já internados, ou pela Atenção Básica, por meio do direcionamento das UBSs. Em seguida, é feita a avaliação do “Formulário de Desospitalização” ou do encaminhamento médico e do próprio paciente. Caso a pessoa se enquadre, a documentação necessária é entregue ao setor, o prontuário é aberto e as visitas são agendadas para definir a linha de tratamento.

Para mais informações, contate-nos pelo e-mail: [email protected]
Secretaria de Saúde do Distrito Federal | Assessoria de Comunicação

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